São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Senadores do PMDB usam o celular para saber no que votar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os três senadores de Goiás consultaram o ministro da Justiça, Iris Rezende (PMDB), líder político do Estado, para votar as emendas do projeto de lei eleitoral.
Otoniel Machado (PMDB), Onofre Quinan (PMDB) e Albino Boaventura (PMDB) não seguiram a orientação do partido e votaram a favor do governo.
A consulta foi feita no próprio plenário, durante a votação, por intermédio de um telefone celular. O líder do PMDB, senador Jader Barbalho, falou com o ministro pelo mesmo celular.
"Quem quiser votar seguindo a orientação partidária, que vote. Os outros podem ligar para quem quiser", afirmou Barbalho, no plenário.
Onofre Quinan negou a consulta e disse que não se lembrava como havia votado na emenda que transformava em válidos os votos em branco.
Sem importância
Ele afirmou que a bancada havia recusado a proposta. Quinan se absteve, e os outros dois votaram a favor, junto com os governistas.
"É uma matéria tão sem importância que nem me lembro no que votei", disse Quinan.
Os senadores se confundiram na votação simbólica (quando o presidente pede que os favoráveis permanecerem sentados) dos requerimentos para a apreciação do projeto de lei eleitoral.
Sem saber direito no que votavam, alguns deles ficaram levantando e sentando a cada encaminhamento da Mesa.
Outro que se confundiu foi o líder do PFL, senador Hugo Napoleão (PI). Numa das votações, ele encaminhou de maneira errada a bancada.
O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o corrigiu imediatamente, encaminhando ele mesmo o voto da bancada.

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