São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comandante terá de fazer conciliação

DA REPORTAGEM LOCAL

O coronel Carlos Alberto de Camargo, novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, assume hoje o cargo com a missão de conciliar os grupos de oficiais que foram contrários a sua indicação.
Conforme informou a Folha ontem, se não fizer concessões a esses grupos, o comando ficará isolado -situação idêntica àquela em que estava o ex-comandante-geral coronel Claudionor Lisboa.
Isso porque a maioria dos 36 coronéis que deveriam passar para a reserva mudou de idéia. Eles deveriam se aposentar porque estão há mais tempo na PM que o novo comandante, que deixou a Academia Militar do Barro Branco em 1970.
Entre oficiais de mesma patente, os mais velhos mandam nos mais novos. Com a nomeação de Camargo, os 36 coronéis seriam obrigados a receber ordens de alguém que sempre lhes foi subordinado, o que seria inaceitável para eles.
Entre esses coronéis estão os membros das turmas de 1968 e 1969 da academia. Vários desses coronéis se opuseram ao comando do coronel Claudionor Lisboa.
Atraso
O coronel Carlos Alberto de Camargo chega hoje a São Paulo para assumir o comando geral da Polícia Militar com dois dias de atraso.
O novo comandante-geral da PM estava em férias na Itália quando foi nomeado para o cargo. Por duas vezes teve problemas para retornar ao Brasil.
No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), Camargo será recebido pelo coronel José Carlos Bononi, que deve ser o novo subcomandante-geral da corporação.
Também devem ser definidos hoje os novos comandantes do Comando de Policiamento de Choque e da Corregedoria.
À tarde, Camargo deverá se reunir com o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, para submeter os nomes do indicados a sua apreciação.
Entre os coronéis mais cotados para assumir cargos está Avivaldi Nogueira Júnior, que deixaria a polícia rodoviária e assumiria o CPI ou o CPM. O Corpo de Bombeiros passaria a ser chefiado pelo coronel Renato Luiz Fernandez.

Texto Anterior: Advogado alega que a prova da acusação é ilegal
Próximo Texto: Comandante quer PM junto da população
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.