São Paulo, sábado, 20 de setembro de 1997
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Grupo vai planejar polícia de quarteirão

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo comandante-geral da PM, coronel Carlos Alberto de Camargo, anunciou ontem as duas principais metas de sua administração: a Operação Metrópole e o policiamento comunitário.
A Operação Metrópole começou ontem com a participação dos 26 batalhões do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM).
No primeiro dia, praticamente todos os policiais militares de serviço foram às ruas para combater a criminalidade.
Essas ações intensivas devem ser repetidas constantemente, segundo Camargo. "A população se sente mais protegida e os criminosos ficam intimidados com a presença ostensiva da tropa nas ruas. Essas ações devem ocorrer frequentemente na Grande São Paulo", afirmou o comandante.
Outra parte da operação acontece a partir de segunda-feira. Cada companhia (subdivisão do batalhão) terá obrigatoriamente que fazer uma ação por semana visando combater o tipo de crime mais frequente em cada bairro.
Camargo cita como exemplo o combate ao furto e roubo de veículos na Vila Mariana e Ibirapuera, os homicídios nas periferias das zona sul e leste e os assaltos em semáforos na região central, entre outros crimes.
A outra prioridade anunciada por Camargo é a implantação do policiamento comunitário, que ficará sob responsabilidade do chefe do CPM, coronel Valdir Suzano.
Suzano formará uma comissão com representantes da sociedade civil para implementar na prática o policiamento.
Até ontem, a comissão já contava com a participação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Pastoral do Menor.
A idéia de Camargo é que cada dupla de policial seja responsável pelo patrulhamento de uma pequena área, conhecendo a população e seus problemas. "Quero fazer um policiamento de quarteirão, semelhante ao que acontece nas cidades do interior", disse.
Camargo anunciou ainda que vai priorizar o policiamento em portas de escola, feito principalmente pela Polícia Feminina, e em bancos, que deve ficar a cargo da Tropa de Choque.

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