São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Justiça nega o pedido de prisão de 3 ex-dirigentes

Denúncia da Procuradoria contra 18 ex-diretores foi aceita

DA SUCURSAL DO RIO

O juiz Abel Fernandes Gomes, da 4ª Vara Federal do Rio, aceitou a denúncia da Procuradoria da República contra 18 ex-dirigentes do antigo Banco Nacional, entre eles o ex-presidente do banco Marcos Magalhães Pinto, sob acusação de crimes que vão de gestão fraudulenta até formação de quadrilha.
O juiz indeferiu o pedido de prisão preventiva para Marcos Magalhães Pinto e outros dois ex-dirigentes feito pela Procuradoria. Mas determinou que os três e os demais acusados não poderão deixar o país sem autorização judicial.
Os procuradores haviam pedido prisão preventiva também para Clarimundo Sant' Anna, ex-vice-presidente de Controladoria, e Arnoldo Oliveira, ex-superintendente-executivo do Nacional.
A partir da aceitação da denúncia, fica automaticamente instaurado um processo penal contra os acusados. Outra denúncia, de gestão temerária, contra 15 pessoas, entre elas os irmãos Ana Lúcia, Eduardo e Fernando de Magalhães Pinto, ainda não foi apreciada.
Os quatro crimes de que é acusado o ex-presidente do Nacional -gestão temerária, gestão fraudulenta, prestação de informações falsas, fraudar informações contábeis e formação de quadrilha- podem levar a uma condenação de até 34 anos de prisão.
O juiz negou o pedido de prisão argumentando que não havia risco de fuga ou de destruição de provas. E que, como o banco não existe mais, não há risco de eles continuarem com os supostos crimes.
O juiz determinou que, cinco dias após serem citados como réus, os três ex-dirigentes compareçam à 4ª Vara Federal (centro do Rio) para fornecer os endereços onde possam ser localizados.
Os três são acusados pela Procuradoria, com base em inquérito da Polícia Federal, como os principais articuladores das fraudes cometidas na gestão do Banco Nacional, que somariam US$ 10 bilhões. Dos 18 denunciados, dois não são acusados de formar quadrilha.

Texto Anterior: FMI elogia câmbio flexível
Próximo Texto: Justiça nega o pedido de prisão de 3 ex-dirigentes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.