São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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PMs do Rio acusam 3 homens de suborno

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Policiais militares do 9º Batalhão de PM prenderam três homens na favela de Parada de Lucas (zona norte), acusados de tentativa de suborno e de ter filmado a ação com a intenção de incriminá-los.
Segundo os policiais, a prisão foi feita às 5h de ontem. Na versão dos acusados, foi às 22h de anteontem. Antônio Jorge Reis da Silva, 20, Renato de Oliveira Guedes, 23 e Elias Silva Francisco, 19, foram levados para a 39ª DP, ontem.
Na DP, os policiais Alexandre de Azevedo Galdino e Sérgio Luiz Guimarães, disseram que Francisco e Guedes estavam em atitude suspeita. Nada foi encontrado com eles. Segundo os PMs, os dois teriam oferecido R$ 500 para que eles deixassem o local. Quando os policiais estavam colocando os dois no carro, disseram ter visto Silva operando uma filmadora.
Ainda segundo os PMs, Silva teria pulado por várias lajes até se esconder na casa de Celso Vieira Alves, que também foi levado para prestar depoimento na DP. Alves disse que os policiais apontaram uma arma para a sua cabeça.
Dentro da casa, os policiais disseram ter encontrado a filmadora, da marca Panasonic, escondida dentro de um armário e que, no casaco que Silva estaria usando, estavam 31 sacolés de cocaína.
A versão dos policiais foi negada pelos detidos. Guedes disse que ia comprar remédios para sua filha, quando foi parado pelos policiais, revistado e, como eles não acharam nada, pediram dinheiro.
Francisco também disse ter sido detido sem motivo. Os dois foram levados para um posto da PM, onde teriam ficado até a manhã de ontem. Silva também foi levado para o posto e disse ter sido espancado pelos policiais.
Silva disse que não tem filmadora e que a droga não estava com ele. Segundo Guedes, o casaco com as drogas estava no posto policial. Silva disse que foi detido quando estava indo para a casa da mãe e que foram os policiais que o levaram para a casa de Alves, onde disseram ter achado a filmadora. Ele foi o único que ficou preso. Os outros foram liberados. Segundo o delegado Reinaldo Pessoa Tavares, não havia prova que provasse a tentativa de suborno.

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