São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Tommy Lee Jones é caubói na vida real

ADRIANE GRAU
ESPECIAL PARA A FOLHA,

em Los Angeles
O ator Tommy Lee Jones parece repetir, na vida real, o papel de vilão que o tornou conhecido do grande público em "Batman Eternamente". Suas respostas são precedidas de suspiros enfadonhos. O rosto se contorce e ele não se esforça para ser simpático.
Nascido e criado no Texas, filho único de um funcionário de uma refinaria e de uma policial, ele afirma lembrar com pavor dos abusos físicos sofridos quando criança, mas não se estende no assunto.
O ator prefere mostrar que deu a volta por cima. Jogando futebol americano, ele garantiu uma bolsa de estudos numa escola particular quando ainda era adolescente.
Emendou o sucesso com outra bolsa de estudos em Harvard, onde se formou em inglês. Na universidade, dividiu casa com o atual vice-presidente dos EUA, Al Gore, um de seus melhores amigos até hoje. "Ele é muito engraçado", afirma.
Jones só voltou ao Texas depois de famoso, para criar gado no rancho que pertence à família há oito gerações. "Sinto-me um verdadeiro caubói", diz.
Em "Volcano", o ator tenta salvar a cidade de Los Angeles, ao interpretar o chefe de operações Mike Roark. Segundo Jones, o que o atraiu para o projeto foi poder interpretar um homem comum.
"Ele tem uma filha adolescente rebelde, um divórcio, uma casa bagunçada, um cachorro feio e roupas monótonas. Mesmo assim, é feliz." Jones também é divorciado e tem dois filhos: uma garota de 14 anos e um menino de 5.
Atualmente filmando "U.S. Marshalls", a continuação de "O Fugitivo", Jones garantiu, nos últimos meses, o título de um dos atores que mais dão lucro aos estúdios, ao participar de "Homens de Preto", filme que arrecadou, nos EUA, US$ 84 milhões nos cinco primeiros dias de exibição.
O ator se prepara ainda para estrelar e dirigir seu primeiro filme: a história de detetive "Dixie City Jam", que deve chegar aos cinemas no final do próximo ano.

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