São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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País perde 20% da safra para as pragas

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As pragas são os maiores inimigos das lavouras brasileiras de milho, informa o entomologista da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), José Magid Waquil.
Elas são responsáveis por um prejuízo anual de R$ 709,9 milhões ao bolso dos produtores.
Outros R$ 466 milhões são desperdiçados todos os anos por causa de doenças.
As perdas chegam a aproximadamente R$ 1,175 bilhão, ou o equivalente a 20% da produção.
Segundo Waquil, a lagarta do cartucho é uma das pragas que vêm trazendo maiores danos às lavouras de milho nas últimas safras.
Esse inseto ataca as folhas que estão se desenvolvendo no interior da planta.
O produtor só percebe a presença da lagarta quando as folhas começam a aparecer danificadas.
Como método de controle, a Embrapa recomenda o uso de inseticidas, mas somente quando o nível de infestação atingir 20%.
Outro inseto, a cigarrinha, é transmissora de doenças como o enfezamento do milho.
A doença inibe o crescimento das plantas e afeta bastante a produtividade.
As pragas subterrâneas trazem também muitos problemas. Elas causam a diminuição do tamanho das plantas e, em alguns casos, provocam o seu tombamento.
Uma medida eficaz para o controle é evitar o armazenamento de sementes antes do plantio.
Ferrugem
Nas regiões mais úmidas, a preocupação maior fica por conta da ferrugem.
A doença pode ser constatada pela presença de uma camada de pó avermelhado, semelhante ao que resulta da oxidação de metais.
"Daí o nome ferrugem", explica o fitopatologista da Embrapa, Fernando Tavares.
Outra doença importante é a Phaeosphaeria maydis, que ataca todas as regiões produtoras.
As folhas apresentam manchas cor de palha. Em estágio mais avançado, as folhas secam e a planta morre.
O uso de cultivares resistentes é o método de controle mais eficaz.

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