São Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 1998 |
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Tensão no governo ajuda boato
CLÓVIS ROSSI
Não houve desentendimento algum entre integrantes da equipe econômica, juram todas as fontes consultadas pela Folha, mas o ambiente formado no Planalto é de tal natureza que torna verossímil até o boato sobre a saída de Franco. Ainda mais que uma nota do FMI fora interpretada pelos mercados como exigência de que o Brasil alcançasse, em 99,saldo comercial que só parece possível com a desvalorização da moeda, a que Franco se opõe com todo o vigor. Para fechar o círculo do que o próprio Ministério da Fazenda define como "dia ruim", houve, na quarta-feira, a derrota do governo na votação de um dos itens do ajuste fiscal, reconhecida como grave pelas autoridades econômicas. Tudo somado, estava criado o ambiente propício para o surgimento de qualquer tipo de boato. Fato mesmo, por enquanto, é a reconhecida deterioração do ambiente político. A equipe teme que o resultado da quarta-feira possa ter sido a ante-sala de novos problemas em votações futuras relativas ao decisivo ajuste fiscal. Texto Anterior: Acordo prevê superávit comercial em 99 Próximo Texto: Europa reduz juros para estimular o crescimento Índice |
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