São Paulo, quarta-feira, 04 de novembro de 2009

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Francês diz buscar as "más formas de amor"

Chéreau volta a mostrar as ameaças da paixão

ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL

Formado nos palcos, Patrice Chéreau herdou, do teatro, o respeito máximo pelos atores.
Dirigir, para ele, é fazer com que a câmera siga o elenco com esmero. "A câmera tem de estar a serviço deles", disse, em entrevista à Folha, quando veio ao Brasil fazer leituras dramáticas de Dostoiévski e Marguerite Duras, em setembro. Chéreau referia-se à câmera colada às expressões de Jean-Hugues Anglade, Romain Duris e Charlotte Gainsbourg em "Perseguição", em cartaz na Mostra de São Paulo.
O filme é uma crônica sobre a solidão -ou o medo dela- e as paixões vividas como ameaça, tema recorrente na carreira cinematográfica do diretor francês. "Queria refletir sobre as formas de amar, sobre as más formas de amor e suas consequências", define.
O protagonista Daniel (Duris) é um homem tão misterioso quanto enfadonho. Obcecado por Sonia (Gainsbourg), uma mulher fugidia, ele passa a viver também o papel inverso, do "perseguido", quando, estranhamente, desperta a paixão de um desconhecido.
"Devo fazer com que o espectador entenda o personagem. Mesmo que se trate de um criminoso, ele tem suas motivações. Espero que, no fim do filme, as pessoas sintam algum afeto por Daniel."


PERSEGUIÇÃO

Quando: hoje, às 20h10, no Espaço Unibanco
Classificação: 16 anos




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