DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO

Fãs de quadrinhos, aspirantes a desenhistas e roteiristas, interessados em geral aproximem-se: acontece hoje, das 10h às 20h, no saguão do prédio da Gazeta, na avenida Paulista, o 3º Fest Comix, um dos principais encontros do mercado de HQs, que reúne artistas, editoras, lojistas e leitores.
Além da venda de gibis e de livros relacionados ao tema com descontos que variam de 20% a 50%, o evento terá sessões de autógrafos com grandes nomes do quadrinho nacional, como Eugênio Colonnese, Julio Shimamoto e Lourenço Mutarelli, entre outros.
"Tudo começou como uma brincadeira informal, em que autores, editores e desenhistas, em tese, concorrentes, pudessem trocar idéias e experiências", afirma Carlos Mann, sócio da livraria Comix Book Shop e da editora Opera Graphica, idealizador do evento e apaixonado por quadrinhos.
"O que falta é o produto chegar ao público. Lembro quando há 15 anos peguei a primeira revista em quadrinho. Aquilo me encantou a tal ponto que acabei me tornando mais do que um mero leitor."
Outra finalidade importante deste Fest Comix é abrir espaço para os futuros autores levarem seus trabalhos e, quem sabe, saírem com uma boa proposta de publicação -como os participantes do projeto Graphic Talents, da editora Escala, que vêm tendo suas histórias publicadas e vendidas a baixo custo.
"Apesar do momento de crise econômica, nunca houve tantas editoras e tantos títulos no mercado brasileiro. A diferença em relação às décadas anteriores é que, agora, esse mercado está sendo movido por pessoas, por aqueles que sempre adoraram os quadrinhos e que decidiram montar suas pequenas editoras ou bancas especializadas", diz Mann.
A Abril Jovem que o diga. Há pouco dententora dos direitos de publicação das duas maiores casas editorias de quadrinhos norte-americanos, a Marvel e a DC Comics, a Abril se viu obrigada a entregar o filão da Marvel para a italiana Panini e, na semana passada, anunciou o fim da linha também para os heróis da DC.
Simultaneamente ao Fest Comix, acontece na Gibiteca Henfil, hoje, das 10h às 13h, o encontro de colecionadores dos primeiros domingos de cada mês. Realizado na própria sede da gibiteca, que mudou recentemente para o Centro Cultural São Paulo, o evento não tem recebido tantos participantes, como afirma o responsável pelo acervo, Klink, que tem mais de 100 mil exemplares de HQs desde os anos 20 até os dias atuais.
Funciona assim: quem quiser leva aquelas revistas velhas que tem em casa e sai com uma porção de histórias novas (ainda que usadas) nas quais pode mergulhar e esperar até o próximo mês.