São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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CCBB faz dez anos e exibe obras de Maurits Escher

Mostra de 95 trabalhos do artista gráfico holandês fica em cartaz até julho

Exposição interativa é capaz de atrair público que não frequenta o circuito das artes da cidade, afirma diretor

GUILHERME BRENDLER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ilusão de ótica e a construção de mundos impossíveis são algumas das características marcantes da obra de Maurits Cornelis Escher (1898-1972).
O público poderá sentir a confusão visual provocada pelo trabalho do artista gráfico holandês a partir de hoje no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. A exposição interativa "O Mundo Mágico de Escher" mostra 95 obras até 17 de julho.
O acervo vem a São Paulo para a comemoração dos dez anos de atuação do CCBB na cidade. A exposição, que já passou por Brasília e Rio, possui obras que integram o acervo do Museu da Cidade de Haia, que mantém o Museu Escher, na Holanda.
O artista fez seu primeiro trabalho sob o conceito da realidade impossível em 1937 com a xilogravura "Natureza-Morta e a Rua". A gravura mostra em primeiro plano uma natureza-morta com um cachimbo, um baralho de cartas e livros. Ao fundo, uma rua cercada de prédios.
Alguns volumes estão posicionados de forma que se confundem com os edifícios.
O curador da exposição, o holandês Pieter Tjabbes, radicado há 15 anos no Brasil, diz que não foi fácil trazer o acervo de Escher. "Existe uma fila de espera enorme para ter acesso aos trabalhos.
Não é todo artista que se encaixa nesse conceito lúdico". O divertimento e a interação foram fundamentais para a escolha do acervo de Escher no mês de aniversário do CCBB em São Paulo.
De acordo com o diretor da instituição, Marcelo Mendonça, "houve um acerto na agenda para que a exposição fosse agora. Queremos atrair um público que não costuma frequentar o circuito das artes plásticas e que não conhece nosso espaço." A interatividade também marcou os estudos de Escher.
O matemático britânico Roger Penrose desenvolveu os conceitos do triângulo impossível -cujos ângulos se entrelaçam e que não pode existir fisicamente- após assistir uma palestra de Escher, em 1954.
tarde, o artista holandês se inspirou na versão do triângulo de Penrose para conceber um dos seus trabalhos gráficos mais famosos: "Cascata" (1961), que está na mostra do CCBB.

O MUNDO MÁGICO DE ESCHER

QUANDO de terça a domingo, das 9h às 20h; até 17/7
ONDE Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, tel. 3113-3651)
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO livre


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