São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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Desenhos exploram níveis topográficos da avenida Paulista

Em livro que lança agora, Carla Caffé faz arqueologia visual do endereço paulistano

DE SÃO PAULO

Mais do que um famoso cartão postal de São Paulo, a Paulista é também o que Carla Caffé vê como "elemento de percepção da cidade".
No livro "A(e)rea Paulista", que ela lança hoje na galeria Vermelho, a artista investiga as curvas de nível do espigão da avenida, assinalando com uma gama de cores a topografia acidentada desse ponto da cidade.
É um desenho de três metros de comprimento que representa toda a avenida e também o que está nos níveis abaixo dela, do Paraíso até a região da Consolação.
Dessa forma, as ruas Pamplona, São Carlos do Pinhal e Rui Barbosa se embaralham em redemoinhos coloridos que correspondem às suas reais posições geográficas.
"Dá para ver a bacia dos rios da Nove de Julho, da 23 de Maio, do Anhangabaú", diz Caffé. "São Paulo era cheia de rios, as pessoas iam de barco aos mercados."
São desenhos que fazem uma espécie de arqueologia visual da cidade partindo da Paulista como ponto central.
Lembra, no plano gráfico, o que Mário de Andrade destacava em suas poesias sobre as origens da metrópole.
Não é à toa que Caffé chama isso de "geopoesia". "É mais intuitivo do que intelectual", diz. "Há uma relação diferente com a paisagem, a percepção bombardeada por sistemas de navegação."
(SM)

A(E)REA PAULISTA

AUTOR Carla Caffé
EDITORA Tijuana
QUANTO R$ 800
LANÇAMENTO hoje, às 20h, na Vermelho (r. Minas Gerais, 350, tel. 3138-1520)


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