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Salas oferecem mais opções
free-lance para a Folha
Bilheterias informatizadas, salas
em stadium (pé direito altíssimo
que garante poltronas em desnível
e visão total da tela), grande área
de serviço (com produtos diversificados), poltronas reclináveis
-para pessoas obesas, para casais- e com porta-copos, disponibilidade de sessões (às vezes, um
mesmo filme está em duas salas,
com diferença de 15 minutos em
cada sessão) e reserva de ingressos
estão à disposição.
Essa vasta lista não abrange o
que as salas multiplex podem oferecer ao espectador.
Os famintos, por exemplo, não
passam fome. Há pipoca importada em vários tamanhos, guloseimas e refrigerantes em copos que
vão dos 400 ml aos 1.200 ml, para
os mais sedentos.
O conceito de multiplex toca
num aspecto muito sutil -a onda
consumista. Tanto um filme como
qualquer produto ligado a isto é
oferecido, como um shopping de
cinema.
Mas o público, além do conforto, tem a ganhar nessas salas. O
sistema de som e projeção é o mais
moderno do mundo. Um exemplo
é o mezanino que possibilitaria
que apenas um projecionista operasse em várias salas e o mesmo
filme fosse exibido com diferença
de alguns segundos.
A geração que vem chegando ao
Brasil desde 97 está sendo superada, no exterior, pelos chamados
megaplex (conjuntos com até 24
salas). O diferencial está no tamanho e em alguns serviços, como
venda de produtos ligados ao filme em exibição.
Os saudosistas não precisam
chorar aqui no Brasil. O Liberty da
avenida Paulista, do grupo PlayArte, por exemplo, terá mantida
algumas características do tradicional cinema reconhecido pela
decoração medieval.
A tendência norte-americana em
exibir filmes "blockbuster" será
mesclada com filmes de arte que
serão passados nas salas menores
dos complexos.
E a tendência garante que os
multiplex, na maioria abertos em
novos shoppings e regiões afastadas do centro, estão chegando nas
áreas já ocupadas por outros cinemas.
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