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PT e PSDB falam
em não chamar
Duda para depor
LEONARDO SOUZA
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A convocação do publicitário Duda Mendonça para
depor novamente na CPI
dos Correios pode ser engavetada. Parlamentares do PT
e do PSDB discutiam ontem
quais seriam os custos e os
riscos de não marcar uma
nova audiência para ouvir o
publicitário na comissão.
A primeira medida foi o
adiamento da reunião administrativa de hoje para amanhã, quando o quórum é
mais baixo e pode não haver
número suficiente de parlamentares para votar a reconvocação do publicitário.
Duda fez campanhas para
petistas, tucanos e políticos
de vários outros partidos.
Nos bastidores, o publicitário ameaça contar tudo o
que sabe sobre caixa dois de
todas as campanhas que fez.
Integrantes da CPI afirmaram que Duda está mandando recados para o governo
de que não teria estrutura
emocional para prestar novo
depoimento. Uma saída
analisada é empurrar o problema para frente. A decisão
seria tomada só depois da
volta da equipe da CPI que
viajou aos Estados Unidos,
na próxima semana.
O relator da CPI, Osmar
Serraglio (PMDB-PR), e os
deputados Eduardo Paes
(PSDB-RJ) e Maurício
Rands (PT-PE) foram a Nova York e Miami pedir às autoridades americanas acesso
à movimentação financeira
de Duda no exterior.
O publicitário admitiu à
CPI, em agosto, ter recebido
recursos de caixa dois do PT,
em 2002. O mesmo teria
ocorrido com outros partidos em eleições passadas.
A "Dusseldorf", nas Bahamas, onde foi depositado,
segundo Duda, dinheiro petista, seria uma conta de passagem. A preocupação do
PT é com as contas a que
abasteceram, ou seja, com a
origem do dinheiro.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), que tem negociado
com lideranças partidárias o
texto do relatório final, negou que haja uma manobra:
"A reunião administrativa
foi adiada porque não tivemos tempo de fazer uma seleção dos requerimentos que
serão votados", afirmou.
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