São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2004

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Tucano nega relação e diz que PT quer encontrar "bode expiatório"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PSDB, José Serra, acusou ontem o PT de procurar "bode expiatório" e montar uma "farsa para pôr cortina de fumaça sobre os escândalos de seu governo e o jogo organizado".
Em nota para responder ao discurso da líder do PT, Ideli Salvatti (PT-SC), Serra defendeu a instalação de uma CPI e desafiou qualquer pessoa a provar envolvimento seu com a ação do Ministério Público para obter a gravação que detonou o caso Waldomiro Diniz.
"O PT está se comportando diante das dificuldades exatamente como previmos: procurando bodes expiatórios e elevando as tensões. Monta uma farsa para pôr cortina de fumaça sobre os escândalos de seu governo e o jogo organizado. Ora, se alguém detecta indícios de irregularidades na conduta do Ministério Público, nada melhor, mais eficiente, do que apoiar a CPI, que é a instância adequada para investigar um assunto dessa magnitude", disse.
"Desafio quem quer que seja a provar que tenho qualquer envolvimento com a ação que o Ministério Público vem realizando a propósito das irregularidades citadas. Não custa lembrar que quem nomeou o senhor Waldomiro Diniz para um cargo chave do governo foi o ministro José Dirceu e quem pediu propina ao Carlos Cachoeira foi o Waldomiro", disse o presidente do PSDB.
Serra negou que o subprocurador José Roberto Santoro, cuja gravação de conversa com Cachoeira foi divulgada, tenha sido seu subordinado no Ministério da Saúde. Esclareceu que em setembro de 2000 Santoro foi indicado pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, junto com outros procuradores, para integrar um grupo responsável pela apuração de reclamações, fraudes e outras irregularidades apontadas pelos usuários do SUS. (RAQUEL ULHÔA)


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