|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tucano nega relação e diz que PT quer encontrar "bode expiatório"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PSDB, José Serra, acusou ontem o PT de procurar "bode expiatório" e montar
uma "farsa para pôr cortina de fumaça sobre os escândalos de seu
governo e o jogo organizado".
Em nota para responder ao discurso da líder do PT, Ideli Salvatti
(PT-SC), Serra defendeu a instalação de uma CPI e desafiou qualquer pessoa a provar envolvimento seu com a ação do Ministério
Público para obter a gravação que
detonou o caso Waldomiro Diniz.
"O PT está se comportando
diante das dificuldades exatamente como previmos: procurando bodes expiatórios e elevando
as tensões. Monta uma farsa para
pôr cortina de fumaça sobre os escândalos de seu governo e o jogo
organizado. Ora, se alguém detecta indícios de irregularidades na
conduta do Ministério Público,
nada melhor, mais eficiente, do
que apoiar a CPI, que é a instância
adequada para investigar um assunto dessa magnitude", disse.
"Desafio quem quer que seja a
provar que tenho qualquer envolvimento com a ação que o Ministério Público vem realizando a
propósito das irregularidades citadas. Não custa lembrar que
quem nomeou o senhor Waldomiro Diniz para um cargo chave
do governo foi o ministro José
Dirceu e quem pediu propina ao
Carlos Cachoeira foi o Waldomiro", disse o presidente do PSDB.
Serra negou que o subprocurador José Roberto Santoro, cuja
gravação de conversa com Cachoeira foi divulgada, tenha sido
seu subordinado no Ministério da
Saúde. Esclareceu que em setembro de 2000 Santoro foi indicado
pelo então procurador-geral da
República, Geraldo Brindeiro,
junto com outros procuradores,
para integrar um grupo responsável pela apuração de reclamações,
fraudes e outras irregularidades
apontadas pelos usuários do
SUS.
(RAQUEL ULHÔA)
Texto Anterior: No Senado, líder do PT insinua ação de Serra no caso Waldomiro Próximo Texto: Dirceu se diz aliviado e volta a operar no Congresso Índice
|