São Paulo, sábado, 01 de abril de 2006

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PFL paulista avança no vácuo do malufismo

DA REDAÇÃO

Criado a partir de uma dissidência do PDS, o PFL nasceu muito fraco em São Paulo, onde o malufismo permaneceu a principal força conservadora até 1998.
Restou ao PFL paulista o papel de força auxiliar da direita, que ora apoiava o próprio Paulo Maluf, ora se aliava a um partido de centro, mas não conseguia viabilizar uma candidatura própria ao governo. É sintomático que o PFL nunca ajudou Maluf a vencer (em 1986 e 1998), pois não acrescentava votos ao ex-governador, mas favoreceu seus adversários (Fleury em 1990, Covas em 1994 e Alckmin em 2002) ao dividir o eleitorado conservador.
A tentativa de se desvencilhar do malufismo começou em 1990 (com uma aliança com o PMDB) e prosseguiu em 1994 (quando o PFL apoiou o PSDB), mas foi suspensa em 1998. A derrota de Maluf consolidou a separação, e em 2000 o PFL disputou, pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo.
A carreira de Gilberto Kassab é exemplar: membro da tropa de choque de Maluf na Câmara e secretário de Celso Pitta, em 2002 fechou aliança com o PSDB. Hoje o PFL já superou o PP e disputa o posto de terceira força do Estado: em 2002, a legenda elegeu um senador e só fez menos deputados federais que o PT (25,7%) e o PSDB (15,7%). E, em 2004, só ficou atrás do PSDB e do PMDB em número de prefeitos.


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