São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Com Lula, sem FHC

Na manchete do UOL, no meio da tarde, "Na saída, Dilma chora e fala em alegria triste". Foi ao se dirigir a Lula, apontando o "orgulho de ter participado do seu governo". Na manchete da Reuters Brasil, "Lula diz que esperança é a motivação da saída de Dilma".
Ela ocupou o topo das buscas de Brasil pelo Google News, via AP, "sai para concorrer a presidente". "Serra deixa governo e alfineta Dilma e Lula" foi a manchete seguinte do UOL, à noite. Na Folha Online, "Serra critica bravatas de Lula e diz que sai do governo popular". No G1, "Serra diz que sua gestão é popular".
O Terra, que transmitiu ao vivo, abriu a cobertura com a manchete "Sem presença de FHC, Serra deixa governo de São Paulo e inicia campanha".

 


No meio da escalada do "Jornal Nacional", com imagens de ambos dividindo a tela, "Rumo à eleição. Dilma e Serra se despedem dos cargos para concorrer à Presidência". Também lá pelo meio, na escalada do "Jornal da Record", "Eleições 2010. Os dois principais candidatos à Presidência deixam os cargos".



FHC LÁ

economist.com
A "Economist" ouve FHC e Paulo Renato, "aliado próximo de Serra", e abre fogo contra Dilma Rousseff na nova edição.
Sob o enunciado "Apaixonando-se de novo pelo Estado" (ilustração acima), cita entrevista em que ela elogia Banco do Brasil e BNDES no combate à crise. Dilma acreditaria que "o capitalismo de Estado teve sucesso onde o setor privado fracassou". A revista diz que sua visão sobre a intervenção na crise é "parcialmente correta", mas sublinha que a questão deve "reverberar" até a eleição -opondo, "como afirma FHC", "um capitalismo burocrático em que o Estado decide" a "um capitalismo competitivo, liberal".



GLOBO E A ETEC

videos.r7.com.br
Serra se irrita com repórter
Às vésperas do início da campanha, a Record abriu fogo contra José Serra e a Globo. Atacou a ocupação de um terreno estadual pela emissora, por 11 anos, e o projeto de uma escola técnica no local, lançado agora pelo governador "a quatro mãos" com a Globo _que vai custeá-lo.
Ao lado da sede da emissora em São Paulo, a escola será voltada a formar técnicos em multimídia. Procurado pela Record, Serra se negou a responder.



DE OLHO NO BC
Nem Dilma nem Serra. Nos destaques de Valor Online e outros, encerrando o dia, "Presidente do Banco Central mantém indefinição" ou "ainda não definiu futuro". No "JN", "Meirelles mantém o suspense".
No exterior, ecoou a saída do diretor Mário Mesquita, com amplo escrutínio sobre a postura de seu sucessor no BC, Carlos Vasconcelos Araújo.



RHODES SE APOSENTA
O Citigroup anunciou que William Rhodes se aposenta este mês. No dizer do "Financial Times", foi o "Mr. Fix-it" ou "Sr. Arruma Isso" do banco "para as crises de dívida, lidando com governos da América Latina". Foi o papel que o tornou "conhecido", concorda a Reuters, lembrando que em 1999 ele chegou a assessorar "o governo brasileiro, que pediu que coordenasse a implementação mundial de linhas [de crédito] junto a bancos": "Mas esse trabalho tornou Rhodes figura controversa. Manifestantes contrários às reformas de livre mercado dos anos 90 na Argentina carregavam cartazes dizendo: Fora Rhodes e o imperialismo ianque."



CHINA & BRASIL
Na home do "New York Times", "China concorda em estudar passos da ONU para pressionar o Irã". Pequim "parece ter tomado um passo para se aproximar do apoio às sanções", abriu o texto, cuidadoso.
Sublinhou também que o chanceler Celso Amorim, que "anteriormente havia expresso oposição a novas sanções", declarou que "seu país prefere diplomacia às sanções, mas está aberto a 'quaisquer discussões'". Por aqui, o "JN" deu manchete e questionou Lula:
"Cresce oposição ao programa nuclear do Irã. Conselho de Segurança da ONU discute novas sanções. O presidente Lula responde a críticas sobre posicionamento brasileiro e diz ser amigo de todo mundo."



ONDE...
No "Wall Street Journal", "Acer foca China e Brasil". A gigante de tecnologia de Taiwan deu os dois países como as "chaves para seu crescimento".

CRESCER
No mesmo "WSJ", "Arcelor empilha nos emergentes". A gigante de mineração da Índia "foca projetos no Brasil" e outros em sua "estragégia para crescimento".

TUPI LÁ
Na manchete de papel do "NYT", depois confirmada pelo próprio durante o dia, "Obama vai abrir áreas marítimas pela primeira vez para prospecção". Foi tema polêmico na campanha eleitoral, com republicanos prometendo fazer como o Brasil, que havia descoberto o pré-sal, com impacto mundial.
Em meio a críticas de ambientalistas, a CNN citou que a decisão tem por objetivo também ajudar democratas do Sul e do Sudeste dos EUA, sob ameaça de derrota depois de votarem pela reforma da saúde.


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


Texto Anterior: Maranhão: PT rejeita aliança local com PMDB em torno de Roseana
Próximo Texto: Rol de "fichas-suja" não tem políticos de peso
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.