free-lance para a Folha

As eleições de outubro serão as primeiras 100% informatizadas no mundo inteiro, da identificação do eleitor à divulgação dos resultados. Serão usadas 345 mil urnas eletrônicas.
Segundo o diretor de informática do TSE, Paulo Camarão, a informatização completa deve-se à complexidade do processo eleitoral no país. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a tecnologia é mais avançada, mas o voto é facultativo, o volume de eleitores é menor que no Brasil.
As primeiras urnas eletrônicas, usadas em 1996, imprimiam os votos e os depositavam em um saco interno, para que a eleição continuasse mesmo com falta de luz.
Na eleição seguinte, em 98, o TSE incluiu nas urnas um adaptador de baterias. Em casos extremos, o presidente da seção pode solicitar a bateria do carro de qualquer cidadão. Com isso, o TSE considerou desnecessária a impressão interna dos votos.
Outros países já informatizaram, em parte, suas eleições. A transição é feita gradualmente. Os riscos são medidos a cada etapa.
Na Venezuela, o aumento na quantidade de votos nulos na primeira experiência foi considerado "alarmante" pelo Congresso. O voto é registrado em um cartão semelhante ao usado em vestibulares, lido por um computador.
Nos Estados Unidos, existem propostas de votação pela Internet em alguns municípios. A maior preocupação, nesse caso, é com a segurança da rede contra hackers.









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