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PREVIDÊNCIA
Votação deverá acabar hoje
Emenda só sai após
eleição, diz Inocêncio
da Sucursal de Brasília
Líderes governistas já admitem
que a emenda da reforma da Previdência Social só será promulgada após as eleições. A conclusão da
votação da emenda em segundo
turno pela Câmara dos Deputados
está prevista para hoje.
Ontem o líder do PFL, Inocêncio
Oliveira (PE), afirmou que não há
mais tempo para promulgar a
emenda neste ano. "Será dificílimo votar neste ano", disse. No
mês passado, o líder do PMDB,
Geddel Vieira Lima (BA), já considerava impossível aprovar a reforma ainda neste semestre.
"Se (a promulgação) ficar para
depois das eleições, o mundo não
se acaba", disse Inocêncio.
A reforma é apontada pelo governo como uma das prioridades
para o equilíbrio das contas públicas em um prazo de dois anos.
Mesmo que os deputados votem
hoje os últimos três dispositivos
que ainda faltam, não haverá tempo suficiente para a comissão especial e o plenário votarem a redação final do projeto.
A volta da emenda à comissão
especial é necessária porque houve modificações no texto. Essa tramitação pode levar até três semanas.
Além disso, o Congresso tem de
votar quatro MPs (medidas provisórias) antes da promulgação. Elas
tratam de assuntos relacionados à
Previdência Social.
Inocêncio tentou um acordo
com a oposição para tentar concluir a reforma antes do recesso
parlamentar, que começa a partir
da próxima sexta-feira.
Ele concordava em aprovar uma
das modificações apresentadas pela oposição em troca de os partidos aprovarem o texto final na sessão de hoje, sem a necessidade de
novas votações pela comissão especial. Não houve acordo.
O governo havia perdido a disputa sobre a adoção de um redutor para aposentadorias de servidores superiores a R$ 1.200.
Para Inocêncio, mesmo que a
votação dos dispositivos seja concluída hoje, será muito difícil reunir os deputados em agosto para
votar o texto final da emenda.
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