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CRT pode ficar
com italianos
em Porto Alegre
A CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), privatizada em junho passado, deverá ter novo controle acionário até o
próximo ano.
A Italia Telecom aparece
como uma das opções para
arrematar as ações da Telefónica de España.
A operadora espanhola,
que adquiriu o controle da
CRT em parceria com a
RBS, empresa local de comunicação, terá de reduzir
sua participação a menos de
20% dentro de 18 meses.
A redução é uma exigência legal, pois uma mesma
empresa não pode ter participação relevante (acima de
20%) em duas teles.
A Telefónica, por meio da
Telebrasil Sul, também integrada pela RBS, comprou
a Telesp fixa.
A RBS, que tinha definido
com a Telefónica de España
a compra da Tele Centro Sul
como meta, ficou descontente com a mudança de estratégia dos parceiros espanhóis e pretende rever a associação com eles, tanto na
CRT como na Telesp.
Segundo o diretor-presidente da RBS, Nelson Sirotsky, a proposta da Telebrasil Sul pela Tele Centro
Sul (área de cobertura de
interesse estratégico para a
RBS) seria vencedora.
O negócio ficou inviabilizado, porém, devido à compra antecipada da Telesp,
conduzida pelos espanhóis.
Conforme Sirotsky, presidente do Conselho de Administração da CRT, a RBS
poderá elevar sua participação na empresa ou, ao contrário, sair do controle.
"Começa uma etapa nova agora. Não temos definições. A CRT, para se adequar ao Plano Geral de Outorgas do Ministério das
Comunicações e da Anatel,
só pode ser vendida para o
proprietário da Tele Centro
Sul" disse Sirotsky. A operadora do grupo vencedor
na Tele Centro Sul é a Telecom Italia.
Mas ainda existe outra alternativa: a Portugal Telecom também possui condições legais para se tornar
operadora da CRT, pois é
parceira da Telefónica de
España e da RBS na Telebrasil Sul, com participação
de 23%.
Sirotsky disse que "são
várias as alternativas" para
a CRT, que tem "absoluta
viabilidade, mesmo como
companhia independente,
o que não quer dizer que
não poderá haver mudanças, alterações, fusões, incorporações na empresa".
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)
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