São Paulo, sábado, 1 de agosto de 1998

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CRT pode ficar com italianos

em Porto Alegre

A CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), privatizada em junho passado, deverá ter novo controle acionário até o próximo ano.
A Italia Telecom aparece como uma das opções para arrematar as ações da Telefónica de España.
A operadora espanhola, que adquiriu o controle da CRT em parceria com a RBS, empresa local de comunicação, terá de reduzir sua participação a menos de 20% dentro de 18 meses.
A redução é uma exigência legal, pois uma mesma empresa não pode ter participação relevante (acima de 20%) em duas teles.
A Telefónica, por meio da Telebrasil Sul, também integrada pela RBS, comprou a Telesp fixa.
A RBS, que tinha definido com a Telefónica de España a compra da Tele Centro Sul como meta, ficou descontente com a mudança de estratégia dos parceiros espanhóis e pretende rever a associação com eles, tanto na CRT como na Telesp.
Segundo o diretor-presidente da RBS, Nelson Sirotsky, a proposta da Telebrasil Sul pela Tele Centro Sul (área de cobertura de interesse estratégico para a RBS) seria vencedora.
O negócio ficou inviabilizado, porém, devido à compra antecipada da Telesp, conduzida pelos espanhóis.
Conforme Sirotsky, presidente do Conselho de Administração da CRT, a RBS poderá elevar sua participação na empresa ou, ao contrário, sair do controle.

"Começa uma etapa nova agora. Não temos definições. A CRT, para se adequar ao Plano Geral de Outorgas do Ministério das Comunicações e da Anatel, só pode ser vendida para o proprietário da Tele Centro Sul" disse Sirotsky. A operadora do grupo vencedor na Tele Centro Sul é a Telecom Italia.
Mas ainda existe outra alternativa: a Portugal Telecom também possui condições legais para se tornar operadora da CRT, pois é parceira da Telefónica de España e da RBS na Telebrasil Sul, com participação de 23%.
Sirotsky disse que "são várias as alternativas" para a CRT, que tem "absoluta viabilidade, mesmo como companhia independente, o que não quer dizer que não poderá haver mudanças, alterações, fusões, incorporações na empresa".
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)



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