São Paulo, sábado, 1 de agosto de 1998

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Fila no RS é de 700 mil

em Porto Alegre

A indefinição da composição acionária da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) preocupa os cerca de 900 mil gaúchos que esperam uma linha de telefone e uma habilitação de celular.
Existe o temor de que a indefinição entre os sócios afete o cronograma de entregas de linhas telefônicas.
Segundo a CRT, cerca de 700 mil pessoas estão aguardando telefone convencional e 200 mil, celular.
Hoje, a empresa tem cerca de 1,3 milhão de telefones convencionais e 401 mil celulares em operação.

Novo sócio
A Italia Telecom aparece como uma das opções para arrematar as ações da Telefónica de España.
A operadora espanhola, que adquiriu o controle da CRT em parceria com a RBS, empresa local de comunicação, terá de reduzir sua participação a menos de 20% dentro de 18 meses.
A redução é uma exigência legal, pois uma mesma empresa não pode ter participação relevante (acima de 20%) em duas teles.
Na última quarta, a Telefónica, por meio do consórcio Telebrasil Sul, também integrado pela RBS, comprou a Telesp fixa.
A RBS, que tinha definido com a Telefónica a compra da Tele Centro Sul como meta, ficou descontente com a mudança de estratégia dos espanhóis.
Segundo o diretor-presidente da RBS, Nelson Sirotsky, a RBS poderá elevar sua participação na CRT ou sair do controle.
Pela lei, de acordo com Sirotsky, a CRT só pode ser vendida à Tele Centro Sul -que foi comprada por um consórcio do qual a Telecom Italia participa.
A Portugal Telecom, que levou a Telesp Celular, também possui condições legais para se tornar operadora da CRT, pois é parceira da Telefónica de España e da RBS na Telebrasil Sul, com participação de 23%.
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)


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