São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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ECONOMIA

54% dos eleitores esperam inflação maior, e 48% acreditam que desemprego vai aumentar; avaliação era pior em julho

Cai pessimismo sobre futuro da economia

DA REPORTAGEM LOCAL

Diminiu a expectativa pessimista dos brasileiros em relação a dois temas econômicos cruciais: desemprego e inflação. No início de julho, quando o dólar encostou na cotação de R$ 3 e começou a crise financeira, 65% dos entrevistados pelo Datafolha diziam esperar o aumento da inflação, e 63% o aumento do desemprego.
No levantamento de anteontem, caiu para 54% o percentual dos que esperam inflação maior (redução de 11 pontos percentuais) e para 48% aqueles que dizem que o desemprego vai crescer (queda de 15 pontos).
Se analisados os percentuais a partir da opção de voto, está entre os que se dizem eleitores de Luiz Inácio Lula (PT) o maior percentual dos que acreditam que a inflação vai cair (11%). Entre os que afirmam votar em José Serra (PSDB) essa taxa é de 6%, e em Ciro Gomes (PPS) de 9%.
Entre os eleitores do tucano, que tem como um das bandeiras de campanha e do marketing eleitoral a criação de postos de trabalho, está a menor taxa dos que acreditam que o desemprego aumentará (44%). Esse índice é de 48% entre os que votam em Lula e de 50% entre os eleitores de Ciro.

Poder de compra
Quando questionados sobre o poder de compra do salário em julho, 25% afirmavam que iria aumentar, 39% que diminuiria e 31% que seria mantido igual.
Agora 28% avaliam que aumentará, 32% dizem que diminuirá e 30% que continuará igual. Ou seja, também nesse quesito houve redução do pessimismo.

Situação econômica
O Datafolha pediu que os entrevistados avaliassem de uma maneira geral o que esperam da economia do país. Caiu de 32% para 28% -na comparação com pesquisa de 12 dias atrás- o percentual daqueles que acham que vai melhorar.
Os que afirmam que piorará tiveram uma oscilação dentro da margem de erro -eram 26% antes e são 27% agora. Para 36%, a situação ficará como está (eram 34% no último levantamento).
Se questionados sobre sua situação pessoal, os brasileiros são bem mais otimistas do que em relação ao país: 42% acham que vão melhorar, 15% que vão piorar e 38% que ficarão como estão.

Plano Real
A avaliação do Plano Real, depois de oito anos que foi implantado, continua estável.
É aprovado por 39% dos entrevistados -uma oscilação negativa de dois pontos percentuais em comparação com o levantamento anterior.
O percentual daqueles que afirmam que o plano é regular também oscilou dentro da margem de erro de 37% para 36%.
A taxa dos que classificam o Plano Real como ruim ou péssimo passou de 22% para 23%, variação de um ponto percentual.
A avaliação é melhor entre as classes mais bem remuneradas: para 45% dos que ganham acima de R$ 2.000 o plano é ótimo ou bom. Entre os que ganham até R$ 1.000 está a maior taxa dos que avaliam o plano como ruim/péssimo (25%). Nessa pesquisa, o Datafolha ouviu 2.581 pessoas, em 148 municípios.


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