São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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Investigação começou em março de 2002

DA AGÊNCIA FOLHA,
EM CAMPO GRANDE

As investigações do chamado caso DOF começaram em março de 2000, com a prisão de três ladrões de carro, e resultaram, em dezembro do ano seguinte, na maior condenação de policiais em um só processo da história de Mato Grosso do Sul, considerado pela Polícia Federal a principal rota de entorpecentes do país e um dos Estados incluídos no trabalho da força-tarefa do Ministério da Justiça.
Ao todo, 29 pessoas foram condenadas em primeira instância, das quais 17 eram policiais, grande parte lotada no DOF (Departamento de Operações de Fronteira). O DOF é uma unidade especial que mistura policiais militares e civis, encarregada de cuidar da fronteira com Bolívia e Paraguai.
O departamento se reportava diretamente à Secretaria de Segurança e ao governador, pulando a hierarquia da PM e da Polícia Civil.
Os condenados mais famosos são o coronel Sebastião Otímio Garcia, ex-comandante do DOF, que cumpre pena de 24 anos e dois meses, e o major Marmo de Arruda, condenado a 20 anos. Ambos foram condenados por sequestro.
Desde 2000, três pessoas ligadas ao caso foram mortas, entre elas um jovem que foi confundido com uma testemunha; Adão Leite, ligado à quadrilha; e, no final de julho passado, o advogado Sérgio Azevedo Franzoloso, que atuou na defesa de alguns dos policiais envolvidos no caso.
Ao longo do trabalho, réus-colaboradores, promotores, delegados e até a juíza que proferiu a sentença de 25 pessoas alegam ter sofrido ameaças. (FM)


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