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Ministro diz que as viagens eram "orientadas'
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria do Ministério
das Relações Institucionais informou que o uso de aviões oficiais para viagens com familiares e amigos do então vice-governador de Minas, Walfrido
dos Mares Guia (PTB-MG), entre 1995 e 1998, era "orientado"
pelo Gabinete Militar do governo mineiro. De acordo com a
assessoria, o uso dos aviões foi
"legal", autorizado pela legislação estadual em vigor na época.
Segundo a assessoria, o Gabinete Militar, ligado ao gabinete
do governador de Minas, era o
órgão autorizado a tratar das
questões de segurança e deslocamentos aéreos do então governador, Eduardo Azeredo
(PSDB) e de seu vice.
Em entrevista à Folha, o ministro do STF Gilmar Mendes
disse que não apenas esse processo, mas todos assemelhados
ficaram "suspensos" há dois
anos no tribunal porque se
aguardava uma decisão que pudesse tirar dúvidas sobre o foro
competente para julgar processos de improbidade administrativa. "O tribunal só recentemente decidiu [aspectos da] a
improbidade. E a partir daí é
que se tem que tomar alguma
deliberação, saber se aquilo se
aplica a este caso ou não", informou o ministro Mendes.
O advogado de Mares Guia,
Castellar Modesto Guimarães
Filho, disse à Folha, em entrevista concedida no ano passado, que o Ministério Público
"pecou por excesso de zelo" e
que Mares Guia era orientado
pelo Gabinete Militar do governo de Minas Gerais, por razões
de segurança, a usar aviões oficiais em viagens com a família
em finais de semana e feriados.
A assessoria do ministro informou que ele está "absolutamente tranqüilo, porque nada
fez de irregular, seguiu as
orientações do Gabinete Militar, que tinha regras específicas
de deslocamentos para questões de segurança".
Segundo os defensores do
ministro, a pena prevista na denúncia dos promotores "já
prescreveu".
(RV)
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