São Paulo, quinta-feira, 01 de outubro de 2009

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Dilma nega aval a indicação de advogado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

José Antonio Dias Toffoli voltou a afirmar ontem, durante sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, que não se lembra de ter orientado a defesa do ex-ministro Silas Rondeau, que deixou o governo acusado de corrupção e formação de quadrilha.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) também negou ter conhecimento do caso.
A Folha revelou ontem que, em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal, Rondeau conta a um advogado da Eletrobrás detalhes de como sua defesa foi pensada.
Segundo ele, Toffoli e Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, indicaram um advogado da "confiança" do governo. "Quem me deu o nome [do advogado] foi o Toffoli e foi aprovado pela Erenice e pela própria Dilma", afirma Rondeau.
"Eu não me recordo de indicação de advogado ao dr. Silas", disse Toffoli.
O fato foi considerado "gravíssimo" pela oposição, que contestou Toffoli na sabatina. "É uma prática do atual governo a de não se lembrar das coisas", ironizou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Dilma negou participação em conversas para a indicação de um advogado ao ex-ministro. "Eu não só não interferi como eu não sou advogada", afirmou.
Dilma disse ainda que, se houve interferência de sua secretária-executiva, não foi informada. A ministra disse considerar "irrisório" o episódio de suposta recomendação de um defensor a Rondeau.


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