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Dilma nega aval a indicação de advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
José Antonio Dias Toffoli voltou a afirmar ontem, durante sabatina na
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, que não se lembra de
ter orientado a defesa do
ex-ministro Silas Rondeau, que deixou o governo acusado de corrupção e
formação de quadrilha.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) também
negou ter conhecimento
do caso.
A Folha revelou ontem
que, em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal, Rondeau conta a um advogado da Eletrobrás detalhes de como
sua defesa foi pensada.
Segundo ele, Toffoli e
Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, indicaram um advogado da "confiança" do governo. "Quem me deu o
nome [do advogado] foi o
Toffoli e foi aprovado pela
Erenice e pela própria Dilma", afirma Rondeau.
"Eu não me recordo de
indicação de advogado ao
dr. Silas", disse Toffoli.
O fato foi considerado
"gravíssimo" pela oposição, que contestou Toffoli
na sabatina. "É uma prática do atual governo a de
não se lembrar das coisas", ironizou o senador
Álvaro Dias (PSDB-PR).
Dilma negou participação em conversas para a
indicação de um advogado
ao ex-ministro. "Eu não só
não interferi como eu não
sou advogada", afirmou.
Dilma disse ainda que,
se houve interferência de
sua secretária-executiva,
não foi informada. A ministra disse considerar "irrisório" o episódio de suposta recomendação de
um defensor a Rondeau.
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