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OS VITORIOSOS
Cerca de 1.500 pessoas foram a clube na avenida Paulista; em frente à casa de Serra, houve princípio de tumulto
Em festa, tucanos comemoravam derrota de petistas
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
KATIA CALSAVARA
DA REDAÇÃO
Pelo menos 1.500 pessoas compareceram ontem ao Clube
Homs, na avenida Paulista, região central de São Paulo, onde
ocorreu a comemoração da vitória do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra.
A festa custou R$ 9.000, segundo a coordenação da campanha
do prefeito eleito. O local começou a ficar lotado após às 20h,
quando chegaram as primeiras
"estrelas" do PSDB. Segundo a
assessoria de Serra, caberiam
3.000 pessoas no Homs.
Por volta das 20h, havia cerca
de 500 pessoas no local. Metade
desse público estava dentro do
próprio Club Homs, onde havia
um telão sintonizado na TV Bandeirantes.
Derrotas do PT em outras cidades anunciadas no telão eram
comemoradas com até mais entusiasmo do que a vitória do próprio Serra na capital paulista. Latas de cerveja Nova Schin eram
vendidas por R$ 2.
Inicialmente, duas faixas da
avenida Paulista foram bloqueadas para a movimentação dos
militantes do PSDB. A pista Consolação-Paraíso foi totalmente
interditada às 21h15, no trecho
entre a rua Joaquim Eugênio de
Lima e a avenida Brigadeiro Luís
Antônio, mas a chuva acabou
com a festa de rua do PSDB.
Havia dois caminhões de som
tocando o jingle de Serra. Integrantes da bateria da escola de
samba Leandro de Itaquera animaram os tucanos que estavam
dentro e foram do Homs.
O agito dentro do clube foi
marcado por muito empurra-empurra na chegada. Apesar da
comemoração, muita gente reclamava da falta de organização
do evento.
José Serra chegou por volta das
21h30 no local e estava acompanhada pela mulher, Mônica Serra, e pelo amigo Andrea Matarazzo e o vice-prefeito eleito Gilberto Kassab (PFL). Antes de fazer o pronunciamento como
prefeito, Serra teve muita dificuldade em chegar ao palco.
Também estavam presentes os
senadores Arthur Virgílio
(PSDB-AM), Eduardo Azeredo
(PSDB-MG) e Romeu Tuma
(SP), o deputado estadual Arnaldo Jardim (PPS), entre outros.
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, foi o segundo
tucano mais festejado ao chegar
no Homs -o primeiro foi Serra.
Os militantes gritavam "1, 2, 3, 4,
5 mil, queremos o Geraldo presidente do Brasil".
Em casa
O candidato José Serra ficou
sozinho até por volta das 18h30,
quando começaram a chegar
amigos e colegas de partido.
Fora da casa, em Alto de Pinheiros, o clima era de muita euforia. Além de vizinhos e militantes, os humoristas do programa "Pânico na TV" (Rede TV!)
faziam festa diante da casa do
prefeito eleito.
Uma empregada de Serra, que
se identificou como Nilda, distribuiu bolachas e cafezinho aos
jornalistas pelo menos quatro
vezes. O tucano também liberou
o banheiro da guarita para ser
usado pelos jornalistas.
Em seguida, chegaram o deputado federal Eduardo Paes
(PSDB-RJ), o vice-prefeito eleito
do Rio, Otávio Leite (PSDB), Andrea Matarazzo (secretário de
Comunicação no governo FHC)
e o ex-deputado tucano Márcio
Fortes, que falou pelo partido.
Um dos últimos a aparecer foi
Aloysio Nunes Ferreira, um dos
coordenadores da campanha do
tucano, que afirmou que o clima
dentro da casa era de muita alegria e serenidade. "Ele está muito
ansioso para assumir", disse, ao
transmitir o recado de que Serra
só iria se pronunciar após depoimento de Marta Suplicy (PT).
José Serra e a mulher, Mônica,
apareceram na janela da casa e
acenaram aos jornalistas. Pouco
tempo depois, na saída de dois
carros da casa do prefeito eleito,
houve um princípio de tumulto.
Alguns militantes e moradores
das redondezas levaram os filhos
vestidos com bonés e camisetas
para comemorar a vitória do tucano. Com bandeiras, ficaram
postados na frente da casa de
Serra desde o início da tarde.
Na hora em que os dois carros
saíram da casa de Serra em direção ao Clube Homs, o princípio
de tumulto quase derrubou simpatizantes em cima de orquídeas
que ficam em frente à casa do tucano. As crianças presentes também tiveram de ser protegidas.
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