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Governo tenta
segurar repasse
para os Estados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governadores dos dez principais Estados exportadores saíram ontem da reunião com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, apenas com a promessa
de uma nova reunião. Eles chegaram ao encontro pedindo mais R$
2,2 bilhões para compensar perdas de arrecadação com a Lei
Kandir (isenta exportações de
ICMS) neste ano e outros R$ 9 bilhões para o ano vem.
O ministro, segundo a Folha
apurou, ofereceu entre R$ 4,3 bilhões e R$ 4,5 bilhões para o próximo ano e mais nada neste ano.
Os governadores não gostaram e
esperam pelo menos R$ 6,5 bilhões em 2005 e R$ 200 milhões
até o final de dezembro.
Apesar da falta de entendimento, os governadores consideraram
o encontro satisfatório. O governador Aécio Neves (PSDB-MG)
acredita que o mais importante
foi conseguir mostrar ao governo
federal que o tema interessa não
só aos Estados, mas ao país. A nova reunião, com cinco governadores, será na semana que vem.
"Ele [Palocci] reconheceu que é
importante você colocar esse recurso no Orçamento. O problema
agora é definir o valor", afirmou o
governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB).
Os governadores insistiram
mais nos valores de compensação
do próximo ano do que na verba
adicional de R$ 2,2 bilhões para
este ano. "A preocupação muito
maior é que na proposta orçamentária tenhamos os recursos
que os Estados acham necessário", disse Aécio Neves.
Os governadores afirmam que o
governo federal não está cumprindo a promessa que fez de liberar R$ 6,5 bilhões para compensar
os Estados. Segundo eles, só foi liberado R$ 4,3 bilhões.
Pelas contas de Palocci, os governadores já receberam R$ 6,4
bilhões do dinheiro que o governo havia prometido durante a votação de parte da reforma tributária. O ministro inclui os repasses
ao Fpex (Fundo de Participação
nas Exportações) de R$ 2,2 bilhões na conta, algo que os governadores não aceitam.
Na reunião o ministro pediu o
apoio dos governadores para a
votação da reforma tributária que
está no Congresso. O principal
pedido de Palocci foi em relação à
aprovação da lei que prevê a unificação das alíquotas do ICMS, segundo Aécio.
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