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Deputado pôs dinheiro na meia por "segurança"
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Flagrado em vídeo colocando dinheiro na meia, o
presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
deputado Leonardo Prudente (DEM), afirmou ontem
que usou essa tática por uma
questão de segurança.
Segundo ele, os recursos
foram oferecidos pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa e
não teriam sido declarados à
Justiça Eleitoral. Em entrevista, o deputado se disse vítima de chantagem e não revelou o valor da doação.
"Quero informar que fui
vítima de chantagem. Me foi
oferecida ajuda financeira
para campanha de 2006. Eu
recebi o dinheiro e coloquei
nas minhas vestimentas em
função da minha segurança
porque não uso pasta.Tão logo tenha as informações [sobre o processo] darei mais
declarações."
Prudente disse que a Justiça vai avaliar se houve ou não
crime eleitoral. "Foi oferecido pelo senhor Durval Barbosa e eu recebi o dinheiro.
Eu estou afirmando que eu
recebi. [A doação] não foi
contabilizada. Se foi [crime],
a Justiça é quem vai dizer."
O presidente da Câmara
disse que não há razões para
deixar seu posto, mesmo
sendo um dos investigados
pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal. "A
gestão da Casa não está sendo contestada", afirmou.
Antes da fala de Prudente,
o ex-senador e empresário
Valmir Amaral (PTB-DF)
apareceu no local da entrevista e acusou deputados distritais, entre os quais o presidente da Casa, de negociarem propina com o sindicato
das empresas de transporte
do DF para aprovar a lei do
passe livre, que isenta estudantes e deficientes físicos
do pagamento de passagens.
Segundo Amaral, empresas de ônibus teriam pago R$
1 milhão a deputados para
que eles alterassem uma lei
enviada pelo governador José Roberto Arruda (DEM) e
mais R$ 600 mil para que os
distritais derrubassem o veto.
(MÁRCIO FALCÃO)
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