São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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OUTRO LADO

Empresário disse que não conhece dono de "offshore"

DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Ronan Maria Pinto afirmou, em depoimento prestado ao Ministério Público, desconhecer o verdadeiro proprietário da Roanoake Holding, que foi sua sócia em duas empresas de transporte.
Ronan afirmou que, antes de assumir como sócio na Expresso Nova Cuiabá, foi "apresentado" à "offshore" por Ricardo Adriane de Oliveira e José Renato Bandeira de Araújo Leal, então donos da viação.
Em junho de 1998, Ronan entrou para a sociedade no lugar de Oliveira, com 50% das ações. Os outros 50% ficaram com a Roanoake, representada no contrato por Leal.
Ronan afirmou ainda aos promotores criminais de Santo André que desconhecia a movimentação de dinheiro no exterior por meio da Roanoake. E disse estranhar um possível envio de dinheiro, já que a Expresso Nova Cuiabá não havia dado lucro para os sócios.
Fernando Magalhães Milman, que aparece como o primeiro procurador da Roanoake no Brasil, conversou rapidamente com a Folha por telefone. Primeiro disse que "nunca" havia enviado dinheiro para o exterior e que não conhecia a Roanoake Holding.
Ao ser informado de que a reportagem tinha documentos que informavam o contrário, mudou sua declaração. Disse que foi procurador da Roanoake "há muito tempo, há muito tempo, mas não me lembro até quando". Sobre envio de dinheiro, em uma frase não concluída, afirmou: "Só se for quando ...". Interrompeu a conversa dizendo que estava em um restaurante e voltaria a ligar para a reportagem, o que não havia ocorrido até ontem.
O empresário Leal foi procurado pela Folha em suas empresas de transporte em Cuiabá, mas funcionários informaram que ele estava em viagem e não poderia ser localizado.
A Folha telefonou para a Agipar, no Rio de Janeiro, mas o telefone estava direto no aparelho de fax. No telefone registrado em nome Gilberto Alves Costa, representante da Agipar, ninguém atendeu às chamadas. (RV e LC)


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