São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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Casa de câmbio foi acusada no caso PC-Collor

DA REPORTAGEM LOCAL

A casa de câmbio Guarani, em cuja conta bancária a Polícia Federal encontrou indícios de um depósito de US$ 259 mil feito pela Cpem, foi acusada pelo Ministério Público de participação na lavagem de dinheiro do esquema PC-Collor, montado pelo ex-tesoureiro de campanha do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), Paulo César Farias, no início da década de 90.
Segundo denúncia feita em 1999 pela Procuradoria da República, numa conta CC5 aberta pela Guarani em Foz do Iguaçu (PR) caíram dois cheques emitidos por laranjas usados por PC Farias, datados de 15 de fevereiro e 7 de março de 1991. A emissão dos cheques coincidiu com um repasse de US$ 1 milhão feito por Collor para um consórcio de empreiteiras construir a hidrelétrica de Xingó.
Segundo a denúncia, de 1999, a conta que abasteceu a Guarani estava em nome de Flávio Mauricio Ramos, que era movimentada por Rosinete Melanias, então secretária de PC no Banco Rural. O nome da Guarani voltou ao noticiário em 1999, então associada ao caso do desvio de verbas da construção do fórum do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. De acordo com o Ministério Público, parte do dinheiro da empreiteira Incal foi parar numa conta CC5 da Guarani.
A Guarani foi alvo de outro inquérito da Polícia Federal de Foz Iguaçu (PR), aberto em 1998 para averiguar sua relação com um novo esquema de remessas para o exterior, o chamado "caso Banestado". A Justiça Federal tem dificuldades para ouvir os donos de casas de câmbio paraguaias. Segundo a força-tarefa, os empresários demoram a ser intimados. A Folha não conseguiu localizar os responsáveis pela Guarani.



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