São Paulo, sábado, 02 de abril de 2005

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PSDB eleva o tom e afirma que não colaborará com Planalto no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O bloqueio de recursos do Estado de São Paulo pelo governo federal fez a oposição elevar o tom ontem e afirmar que não vai mais colaborar com o Palácio do Planalto nas votações no Senado.
"Não colaboraremos mais com votações nessa Casa, a menos que o governo de uma vez por todas se conscientize de que ele pode muito, mas não pode tudo, de que ele tem força, mas não é dono do país", disse o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
O Ministério da Fazenda seqüestrou R$ 57 milhões em repasses da União para pagar dívidas da Vasp, da qual o Estado de São Paulo é fiador. O STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que o dinheiro terá de ser devolvido.
O PSDB afirmou que a atitude do governo federal foi política, devido à possível candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República.
"Vejo em marcha um projeto autoritário consistente, que agrediu [o prefeito do Rio de Janeiro] Cesar Maia [PFL] ontem e Geraldo Alckmin hoje", disse o líder tucano, em referência à intervenção nos hospitais municipais do Rio, que, segundo o Ministério da Saúde, não há prazo para terminar.
"Precisamos mostrar um choque de resistência ao governo nesta Casa. Se o governo acha que o caminho é este, então terá o conhecimento de uma nova feição de oposição nesta Casa, diferente da que fizemos até hoje, muito retórica", afirmou Arthur Virgílio.


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