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PSDB eleva o tom e afirma que não colaborará com Planalto no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O bloqueio de recursos do Estado de São Paulo pelo governo federal fez a oposição elevar o tom
ontem e afirmar que não vai mais
colaborar com o Palácio do Planalto nas votações no Senado.
"Não colaboraremos mais com
votações nessa Casa, a menos que
o governo de uma vez por todas se
conscientize de que ele pode muito, mas não pode tudo, de que ele
tem força, mas não é dono do
país", disse o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
O Ministério da Fazenda seqüestrou R$ 57 milhões em repasses da União para pagar dívidas
da Vasp, da qual o Estado de São
Paulo é fiador. O STF (Supremo
Tribunal Federal) já decidiu que o
dinheiro terá de ser devolvido.
O PSDB afirmou que a atitude
do governo federal foi política, devido à possível candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República.
"Vejo em marcha um projeto
autoritário consistente, que agrediu [o prefeito do Rio de Janeiro]
Cesar Maia [PFL] ontem e Geraldo Alckmin hoje", disse o líder tucano, em referência à intervenção
nos hospitais municipais do Rio,
que, segundo o Ministério da Saúde, não há prazo para terminar.
"Precisamos mostrar um choque de resistência ao governo nesta Casa. Se o governo acha que o
caminho é este, então terá o conhecimento de uma nova feição
de oposição nesta Casa, diferente
da que fizemos até hoje, muito retórica", afirmou Arthur Virgílio.
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