São Paulo, quarta-feira, 02 de maio de 2001

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PARANÁ

MST critica arquivamento de processo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Um ato organizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) inaugurou ontem em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, um monumento dedicado a Antônio Tavares Pereira, morto no ano passado em conflito com a Polícia Militar. Segundo o MST, havia 5.000 pessoas -a PM estimou em 3.000 os manifestantes.
O monumento, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, tem 11 metros de altura e foi erguido no local onde o sem-terra foi morto, no km 107 da BR-277.
Durante o ato, o arquivamento do caso foi criticado. A decisão da Justiça Militar baseou-se em parecer do Ministério Público e em laudo pericial indicando indicou que o tiro disparado pelo PM Joel de Lima Santa Ana ricocheteou no chão antes de atingir Pereira, o que descaracterizaria a intenção de matar.
O protesto serviu também como abertura informal do "Tribunal Internacional dos Crimes do Latifúndio e da Política Governamental de Violação dos Direitos Humanos no Paraná", que vai reunir ativistas dos direitos humanos de oito países.
O tribunal será presidido pelo vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, e contará com a presença do argentino Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz de 1980. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA)



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