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OPERAÇÃO SOCIAL
Outra opção seria o Planejamento administrar o programa
Fazenda pode gerir projeto de renda
GABRIELA ATHIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A gestão financeira dos programas sociais de transferência de
renda poderá ficar subordinada
ao Ministério da Fazenda ou ao
do Planejamento.
O programa social mexicano,
Oportunidade, considerado
exemplo de sucesso pelo Banco
Mundial e que vem sendo estudado pela equipe de Luiz Inácio Lula
da Silva, tem a gestão financeira
centralizada na Fazenda.
A proposta de gestão financeira
foi apresentada no início desta semana pelo secretário-executivo
do Ministério da Assistência e
Promoção Social, Ricardo
Henriques, que é o responsável
pela unificação dos programas
sociais. A apresentação, que durou uma hora e 15 minutos, ocorreu durante reunião fechada no
Ministério da Educação. Estiveram presentes cerca de dez técnicos dos ministérios do Planejamento, Educação, Assistência Social e Casa Civil. O ministro Cristovam Buarque (Educação) assistiu a uma parte da apresentação.
Foi uma espécie de "ensaio geral" do projeto que Henriques
apresentará na próxima reunião
da Câmara de Política Social, em
maio. Ainda haverá duas prévias,
uma para a Saúde e outra para o
Fome Zero, o programa de segurança alimentar que é a menina-dos-olhos de Lula na área social.
Pela proposta, a gestão financeira ficará centralizada na Fazenda
ou no Planejamento, sendo que
os ministérios executores dos
programas (Educação, Saúde e
Assistência Social) serão os responsáveis pela fiscalização das
ações e pela contrapartida das famílias beneficiadas.
Contrapartida
Exemplo: Educação fiscalizaria
a frequência escolar, já a Saúde
continuaria monitorando a frequência nos postos de saúde.
Henriques não falou especificamente do Fome Zero. Mas segundo pessoas que participaram da
reunião, pela proposta, cada centavo que o governo repassar às famílias terá de ser atrelado a contrapartida em educação e saúde.
José Graziano (Segurança Alimentar) defende que a contrapartida das famílias que recebem os
R$ 50 mensais do Cartão-Alimentação seja apenas a compra de alimentos. Já a proposta de
Henriques é clara: famílias que
não honrarem as contrapartidas
-de saúde e educação- em um
determinado mês, ficarão sem receber o subsídio no mês seguinte.
Não adianta cumprir apenas uma
parte das exigências.
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