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outro lado
Defesa nega acusações e diz que provas são ilícitas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados de defesa da
Camargo Corrêa e de outros investigados pela Operação Castelo de Areia negaram os crimes atribuídos pelo Ministério
Público Federal. Disseram que
não tiveram acesso à denúncia.
Por meio de nota, a Camargo
Corrêa afirmou que "acredita
que seus profissionais não tenham responsabilidade penal".
"Esses profissionais contam
com a constitucional presunção de inocência até o fim do
devido processo legal, no qual
eles exercerão amplo direito de
defesa", diz a nota.
"A construtora está comprometida com as instituições,
com a legalidade e com o desenvolvimento dos países onde
atua, com seus profissionais, e
vai cooperar com as investigações com postura à altura das
responsabilidades e dos valores
desta organização de 70 anos
de contribuição para o Brasil",
complementa o documento.
O advogado dos funcionários
da Camargo Corrêa, Antonio
Claudio Mariz de Oliveira, afirmou: "Não tive acesso à denúncia, tomei ciência do seu oferecimento pelo site do Ministério
Público. Porém, pelo exame das
provas do inquérito, não posso
ver como os crimes apontados
pelo Ministério Público possam estar respaldados por elementos probatórios".
Alberto Zacharias Toron, advogado de Kurt Paul Pickel, disse que a qualificação de seu
cliente como doleiro é "um absurdo e um disparate". "Ele é
um homem de alto nível no
mercado financeiro, dava palestras no Banco Central", disse
Toron, que também afirmou
não ter tido acesso à denúncia.
Segundo o advogado, as provas obtidas com interceptações
telefônicas durante a operação
são ilícitas. "As escutas telefônicas foram deflagradas com
denúncia anônima, o que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça considera ilícito. Esse tema também já está
sob apreciação de um habeas
corpus no STJ", afirmou.
Arthur Lavigne, advogado de
Jadair Fernandes de Almeida,
apontado como doleiro, afirmou que ainda não tinha lido a
denúncia. "O que posso dizer é
que esse é um processo complexo, com operações financeiras muito complicadas, baseadas em contratos, e que por
conta dessa complexidade acho
muito precipitado o Ministério
Público fazer uma denúncia
antes de exame mais apurado."
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