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ELEIÇÕES 2004/CAMPANHA
Marta ainda não divulgou sua estimativa de despesas; 5 de julho é prazo para informar TRE
Serra prevê gastar o triplo do que Maluf na campanha
MURILO FIUZA DE MELO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à prefeitura paulistana, José Serra, prevê
gastar R$ 15 milhões na campanha, enquanto o do PP, Paulo Maluf, cerca de R$ 5 milhões.
Os dados com a previsão oficial
de despesas, a serem entregues ao
TRE (Tribunal Regional Eleitoral), foram apurados pela Folha
com integrantes do comando das
campanhas do PSDB e do PP.
Na última eleição para prefeito,
em 2000, o então candidato do
PSDB, o hoje governador Geraldo
Alckmin, declarou oficialmente
ao TRE ter gasto R$ 3,23 milhões
na campanha. Maluf, R$ 2,25 milhões. Os dois foram derrotados
para Marta Suplicy, que anunciou
despesas de R$ 6,6 milhões.
O PT, que tenta reeleger Marta,
e o PSB, da deputada Luiza Erundina ainda não anunciaram a previsão de gastos da campanha.
Os partidos têm até 5 de julho
para entregar suas estimativas ao
TRE. Alterações devem ser comunicadas ao juiz eleitoral ainda na
campanha. Se o candidato gastar
acima do previsto, suas contas são
rejeitadas e fica sujeito a processo
por abuso de poder econômico,
que pode implicar em multa e
perda dos direitos políticos.
"A maior parte da nossa despesa será com programas de TV e
pesquisas", afirmou o presidente
municipal do PSDB, Edson Aparecido, um dos coordenadores da
campanha tucana. O partido entrega hoje a sua estimativa ao
TRE. Segundo Aparecido, o PSDB
fixou um teto de R$ 300 mil para
as despesas de cada um dos seus
70 candidatos a vereador.
Já o coordenador de campanha
do PP, Jesse Ribeiro, disse que R$
5 milhões deverão ser gastos com
a candidatura majoritária e outros R$ 5 milhões, repartidos entre os 80 candidatos a vereador.
Em entrevista a Mônica Bergamo,
o ex-prefeito disse que pretende
fazer "uma campanha pobrezinha", gastando aproximadamente R$ 7 milhões.
O fato de Maluf ser investigado
por remessa ilegal de milhões de
dólares para o exterior pode, segundo sua própria equipe, dificultar a arrecadação de doações. "Esperamos arrecadar ao menos R$ 8
milhões", disse Jesse. A diferença
sairia do bolso do candidato.
Pela legislação eleitoral, os partidos só podem começar a pedir
doações eleitorais a partir da próxima semana, após o registro e a
oficialização das candidaturas,
que será feito até o dia 5.
O PL, que apóia a candidatura à
reeleição de Marta, estipulou em
R$ 500 mil o teto de gasto que cada vereador poderá ter na campanha. A informação é do presidente municipal do partido, vereador
Antonio Carlos Rodrigues.
O partido terá uma chapa com
66 nomes. Se todos gastarem o
máximo permitido, terão desembolsado R$ 33 milhões.
Na campanha de Marta para a
Prefeitura de São Paulo em 2000,
o PT reconheceu ter gasto R$ 6,6
milhões, com uma arrecadação
de R$ 5,37 milhões e uma dívida
deixada de R$ 1,23 milhão.
Maluf, que perdeu no segundo
turno para Marta, declarou ter arrecadado e gasto na campanha
menos que Alckmin, que não passou do primeiro turno.
Já Erundina, a quinta colocada
-ficou atrás também de Romeu
Tuma (PFL)-, declarou uma receita de R$ 693 mil.
Em maio deste ano, o PSDB ainda devia R$ 3,4 milhões da campanha presidencial de Serra em
2002, conforme revelou a Folha.
Na ocasião, o partido prometeu
saldar o débito até o final de 2004.
Colaborou CHICO DE GOIS, da Reportagem Local
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