|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sob críticas, Sarney volta a presidir sessão
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois de ter seu
afastamento do cargo pedido por alguns partidos, o
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), comandou ontem por quase
duas horas a sessão na Casa, sob críticas de colegas.
Desta vez, os senadores
Arthur Virgílio (AM), líder
do PSDB, e José Nery
(PA), do PSOL, fizeram referências à "quadrilha que
se apoderou" do Senado.
Sarney não fez qualquer
comentário sobre a crise
ou sobre os pedidos de
afastamento feitos por
PSDB, DEM e PDT.
A sessão, a pedido do senador Marco Maciel, foi
suspensa em homenagem
ao deputado federal José
Aristodemo Pinotti, que
era amigo de Sarney. Congressistas se revezaram na
tribuna com homenagens
a Pinotti. As exceções foram Virgílio e Nery.
O tucano atacou Agaciel
Maia, ex-diretor-geral do
órgão, e manifestou repúdio ao silêncio dos demais
senadores na crise -mas
não cobrou a saída de Sarney diante dele. O líder do
PSDB disse que vai devolver toda a verba referente
ao período em que um servidor de seu gabinete continuou recebendo salário,
quando estava no exterior.
José Nery também cobrou uma atitude enérgica
dos senadores, mas foi interpelado por Heráclito
Fortes (DEM-PI), que cobrou "respeito ao morto".
O repórter Danilo Gentili, do programa CQC, da
TV Bandeirantes, disse ter
sido agredido por seguranças de Sarney quando tentava entrevistá-lo. A assessoria da presidência do Senado afirmou que ele não
iria comentar o episódio.
Texto Anterior: Sarney ameaça renunciar e provoca recuo de petistas Próximo Texto: PSDB quer ganhar no tapetão, diz Lula Índice
|