São Paulo, quinta-feira, 02 de julho de 2009

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Sob críticas, Sarney volta a presidir sessão

LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia depois de ter seu afastamento do cargo pedido por alguns partidos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), comandou ontem por quase duas horas a sessão na Casa, sob críticas de colegas.
Desta vez, os senadores Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e José Nery (PA), do PSOL, fizeram referências à "quadrilha que se apoderou" do Senado. Sarney não fez qualquer comentário sobre a crise ou sobre os pedidos de afastamento feitos por PSDB, DEM e PDT.
A sessão, a pedido do senador Marco Maciel, foi suspensa em homenagem ao deputado federal José Aristodemo Pinotti, que era amigo de Sarney. Congressistas se revezaram na tribuna com homenagens a Pinotti. As exceções foram Virgílio e Nery.
O tucano atacou Agaciel Maia, ex-diretor-geral do órgão, e manifestou repúdio ao silêncio dos demais senadores na crise -mas não cobrou a saída de Sarney diante dele. O líder do PSDB disse que vai devolver toda a verba referente ao período em que um servidor de seu gabinete continuou recebendo salário, quando estava no exterior.
José Nery também cobrou uma atitude enérgica dos senadores, mas foi interpelado por Heráclito Fortes (DEM-PI), que cobrou "respeito ao morto".
O repórter Danilo Gentili, do programa CQC, da TV Bandeirantes, disse ter sido agredido por seguranças de Sarney quando tentava entrevistá-lo. A assessoria da presidência do Senado afirmou que ele não iria comentar o episódio.


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