São Paulo, domingo, 02 de agosto de 2009

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Mateiro diz que só Curió ajudou após guerrilha

DO ENVIADO AO ARAGUAIA

Íntimo do mais famoso comunista do Araguaia, Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, o guia Abel Honorato de Jesus, 65, o Abelzinho, presenciou o momento considerado por historiadores aquele em que a guerrilha ruiu, a chacina do Natal de 1973.
O camponês diz que foi capturado pelo Exército por dar assistência aos guerrilheiros. "Disseram que eu era terrorista, aí a polícia me fechou. Saí quase morto. Fiquei quatro meses em tratamento." Quando saiu, estava do outro lado, conta. "Até hoje, não presto para nada [por causa da tortura]."
O relato é novo em sua biografia. Quando a Folha contou sua história, em 2005, ele não narrou as torturas. Seu pedido de indenização ainda não foi julgado.
Ele diz que, depois que terminou a guerrilha, a única ajuda foi a dos militares. "Quem passou a mão na cabeça da gente foi o Curió, deu terra, deu financiamento", diz, em referência a um dos líderes da repressão, o major da reserva Sebastião Rodrigues de Moura. (PDL)


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