DA ENVIADA A JOHANNESBURGO

O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), candidato à reeleição, fez um apelo a Fernando Henrique Cardoso no vôo entre Brasília e Johannesburgo: "Por favor, pare de viajar!" Toda vez que FHC viaja ao exterior, o vice-presidente Marco Maciel (PFL-PE), o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e Tebet têm que sair do país. Substitutos eventuais do presidente durante suas viagens internacionais, eles não podem assumir para não se tornarem inelegíveis.
"Estou na frente das pesquisas, mas, sinceramente, preferia estar lá em campanha", disse Tebet ontem, com um ar de desânimo que não combinava com o sofisticado Westcliff hotel: "A única vantagem é que pude dormir o tempo inteiro".
Para Aécio Neves, porém, a viagem a Johannesburgo tem lá suas vantagens, e uma delas é justamente servir de pretexto para parar um pouco de fazer campanha no Estado inteiro, com mais de 500 municípios.
"Quando me falaram que FHC faria umas quatro viagens durante a campanha, dei um pulo. Agora, já estou achando pouco." Segundo ele, seu problema é conciliar a agenda em Minas. Apoiado por 16 partidos, que somam 540 candidatos a deputados, ele não tem como visitar as bases de todos.
Enquanto Tebet e Aécio estão em Johannesburgo, para a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +10), Marco Maciel ficou na América do Sul mesmo. Está no Chile.
Para sorte de Tebet e azar de Aécio, FHC acaba de cancelar pelo menos uma das viagens: a que faria a Nova York, em setembro, para a abertura da Assembléia Geral da ONU. (EC)


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