São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2000 |
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Principais líderes possuem histórias opostas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO João Pedro Stedile, 47, e José Rainha Júnior, 40, fazem parte da espinha dorsal do MST. Um deles é economista, com pós-graduação no México. O outro só frequentou um ano a escolinha rural de Córrego de Areia (ES). Stedile, filho de pequenos produtores do Rio Grande do Sul, é o único integrante da direção nacional que não é sem-terra ou assentado. Autor de livros e artigos sobre o MST, é o principal articulador político do movimento. Rainha deixou a direção nacional há cinco anos, oficialmente "para dar lugar a outros quadros do movimento". Na prática, foi retirado da linha de frente porque estava muito exposto. Continua a ser o sem-terra mais famoso do país. Além de ser um dos fundadores do movimento, esteve à frente de mais de cem invasões. Em abril, Rainha foi réu em julgamento em Vitória, acusado de ter participado do assassinato de um fazendeiro durante invasão. No primeiro júri, havia sido condenado a 26 anos. O julgamento foi acompanhado por uma vigília de centenas de sem-terra. Rainha foi inocentado. Atualmente, responde a processo por formação de quadrilha e invasão de prédios públicos no Pontal. Sua mulher, grávida de três meses, o irmão Roberto e mais oito dirigentes regionais do MST o acompanham como réus no processo. Texto Anterior: Questão agrária: Sem-terra têm tomada de decisão descentralizada Próximo Texto: Lideranças começaram com ação na Pastoral Índice |
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