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SÃO PAULO
Pepebista comemorou o resultado da pesquisa de boca-de-urna
Maluf diz confiar em sua ida ao 2º turno
PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a voz embargada e os
olhos cheios de lágrimas, o candidato do PPB à Prefeitura de São
Paulo, Paulo Maluf, comemorou
no final da tarde de ontem, com
um grupo de cerca de 20 eleitores
em frente à sua casa, o resultado
das pesquisas de boca-de-urna,
que indicavam sua ida para o segundo turno com 17% dos votos.
"Só me considero no segundo
turno depois da apuração, mas fico muito feliz que o Datafolha,
um instituto de absoluta credibilidade, aposta que estamos na frente", afirmou.
Apesar disso, o candidato demonstrou confiança, criticando o
PT, ao qual se referiu indiretamente como um partido que "patrulha", e posando com oito dos
11 netos para a imprensa.
"Vamos para um segundo turno em que a população vai escolher entre duas administrações: a
primeira, do PT, que já foi reprovada, e a nossa, que foi altamente
aprovada", declarou.
Evitando comentar sofre eventuais alianças, o candidato afirmou que sua união será com "o
povo de São Paulo", que o colocou no "segundo turno".
Aliança
Paulo Maluf declarou que não
pretende fazer "acordos espúrios" quando assumir.
"A grande aliança é com aqueles
que precisam do seu prefeito.
Com os que não querem violência, querem emprego e uma cidade sem greves e ordeira. Não vou
fazer nenhum acordo espúrio de
entrar para a prefeitura justamente com todos aqueles compromissos políticos que a população repudia e rejeita. Quero levar para a
prefeitura os melhores valores,
como sempre levei."
O pepebista negou ainda que
seu índice de rejeição seja um
complicador na disputa e foi ambíguo ao comentar a possibilidade de recorrer ao apoio do presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso.
"Pretendo o apoio de todos
aqueles que querem ordem na cidade e que não querem ver os
sem-terra invadindo São Paulo
como invadem a fazenda do presidente", disse ao ser questionado
sobre um eventual pedido de
apoio a FHC.
Maluf elogiou sua adversária
Luiza Erundina (PSB), a quem
sempre criticava e chamava de
candidata "pára-obra", dizendo
que ela é uma candidata de personalidade.
O pepebista se comparou ao jogador de futebol Romário: "É hora de escalar o Romário, que é o
Paulo Maluf na política, e não
mandar lá para Sidney os pernas-de-pau".
Ao lado dos filhos, netos, do publicitário Nelson Biondi e do ex-secretário Edvaldo Alves da Silva,
o ex-prefeito se disse "muito feliz"
com a "confiança" demonstrada
pela população.
"Tenho uma dívida com essa cidade. Meus 11 netos são a garantia
de que os filhos e os netos de todos os que moram nessa cidade
tenham a qualidade de vida que
quero para os meus."
Num período de uma hora e
meia após a divulgação da pesquisa Datafolha de boca-de-urna,
Maluf, que em eleições anteriores
ficava recolhido com os familiares, saiu de casa pelo menos sete
vezes para cumprimentar eleitores e falar com a imprensa.
Sorridente, braços erguidos e
punhos fechados, foi saudado por
simpatizantes aos gritos "engole a
Marta".
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