|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PORTO ALEGRE
Pedetista tenta apoio de Yeda Crusius e PMDB para segunda etapa
Tarso e Collares vão fazer 2º turno
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Porto Alegre terá segundo turno, opondo Tarso Genro (PT),
que fez 48,72 % (381.117 votos), a
Alceu Collares (PDT), que teve
20,07% (157.015 votos).
Collares buscará hoje o apoio de
Yeda Crusius (PSDB), Germano
Bonow (PFL) e Cézar Busatto
(PMDB) que, somados, obtiveram dos 28,85% dos votos. Yeda,
a terceira colocada na classificação geral, disse que o conselho
político de sua coligação, também
integrada por PPB e PSDC, se reúne hoje para decidir o assunto.
"O PSDB não pode aceitar nem
pactuar com uma política que
promove o conflito", declarou ela,
em uma alusão crítica ao PT.
Os militantes do PDT festejaram a ida de Collares ao segundo
turno. A comemoração contou
com bandeiras do PSDB e do
PMDB.
O resultado do TRE enfrentou
um problema no final da totalização, o que obrigou a contagem
"cantada" de uma urna.
Tarso e Collares se manifestaram, por volta das 22h, antes mesmo da divulgação do resultado
oficial.
"Todos os elementos indicam
que haverá segundo turno, que
vamos enfrentar de cabeça erguida. O segundo turno não é problema nem acarreta desânimo. Enfrentamos 11 candidatos (no primeiro). Houve uma dispersão política e ideológica. A metade da cidade escolheu um candidato",
disse Tarso, referindo-se ao seu
desempenho.
Collares afirmou que irá mostrar "aos ricos e à classe média que
o PT quer pegar os bens deles".
Ele criticou a "soberba e a radicalização" do PT. O pedetista disse
que Tarso estava "zombando"
dos adversários durante a campanha, pois achava que iria ganhar
já no primeiro turno o quarto
mandato consecutivo para o PT.
"Foi um triste espetáculo para a
democracia no Brasil".
Acompanhado do governador
Olívio Dutra e do prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, seus correligionários, Tarso votou, às 8h35,
na Escola Santos Dumont, no
bairro Assunção (zona sul).
Demonstrando otimismo, o
candidato disse acreditar que ganharia a eleição no primeiro turno. Ao ser questionado sobre seu
voto para vereador, hesitou antes
de responder que havia votado
"na legenda".
Tarso, que depois se deslocou
pela cidade, visitando emissoras
de rádio, ficou entusiasmado com
a presença de militantes petistas
nas ruas, carregando bandeiras e
distribuindo panfletos aos eleitores. A mobilização foi comparável
à de eleições anteriores em alguns
bairros da capital.
Collares, 73, também votou pela
manhã, na Escola Leopoldo Tietbohl, no bairro Petrópolis (zona
leste), mesmo local de votação da
candidata do PSDB. Ex-governador e ex-prefeito, Collares disse
que sentia o mesmo entusiasmo
do início de sua carreira política.
O candidato do PDT demorou
atrás da cabine de votação, fazendo gestos alusivos a uma vitória.
Referindo-se a si próprio, disse
que seu voto foi para o "melhor
candidato" a prefeito da cidade.
Mais tarde, quando foi almoçar
na churrascaria Barranco, Collares encontrou o candidato do
PMDB, Cézar Busatto, a quem
cumprimentou. Na campanha, os
dois se uniram nos ataques contra
Tarso. Collares já mostrava querer atrair o apoio de Busatto em
um eventual segundo turno.
Texto Anterior: Curitiba: Taniguchi vai disputar vaga com petista Próximo Texto: Florianópolis: Ângela é reeleita com 55% dos votos Índice
|