|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PF vê gravidade em quebra de
sigilo profissional
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Edmilson Pereira Bruno, 43, é alvo de investigação pela própria Polícia Federal, onde trabalha há
dez anos.
Os fatos considerados
mais graves pela polícia, segundo a reportagem apurou,
é a violação do sigilo profissional e a comunicação falsa
de crime. As duas situação
são previstas no Código Penal brasileiro.
Quando o delegado Bruno
foi à unidade do Banco Central e à empresa Protege S/A
para fazer as fotos, ele não
estava mais no caso. Segundo
peritos, o delegado teria
mentido ao dizer que tinha
voltado para a investigação e
tinha autorização para fazer
as imagens.
O artigo 325 do Código Penal, que trata da violação de
sigilo funcional, diz que "revelar fato de que tem ciência
em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo" é
crime, com pena de detenção
de até dois anos ou multa.
No dia em que os CDs com
as imagens foram repassados
a jornalistas, Bruno afirmou
em entrevista coletiva a diversos órgãos de imprensa
que o material havia sido
roubado de sua mesa.
Por telefone, o delegado
confirmou a história do roubo para outros policiais.
Segundo advogados, se,
por conta das declarações de
Bruno, foi aberto um procedimento, isso caracteriza crime de comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340
do Código Penal, com pena
prevista de detenção de um a
seis meses ou multa.
O delegado não abriu um
boletim de ocorrência como
havia afirmado. Um dia após
a distribuição das imagens,
ele assumiu a autoria do vazamento.
(LC)
Texto Anterior: Delegado que vazou fotos abre investigação paralela Próximo Texto: Janio de Freitas: Perguntas presentes Índice
|