da Agência Folha

O descontrole dos gastos públicos deve fazer com que pelo menos cinco Estados atrasem o pagamento do 13º salário dos servidores, ativos e aposentados. Se não houver mudança na situação do caixa desses Estados, cerca de 1,212 milhão de funcionários (tomando como base o quadro de funcionalismo de 97) não vão receber o 13º em dezembro.
Em dois deles, Alagoas e Rio de Janeiro, o pagamento só ocorrerá em dia com a ajuda do governo federal. O primeiro conta com o recebimento antecipado da receita de uma privatização que ainda não aconteceu. O segundo espera a liberação pelo Senado de um empréstimo já acertado com a União.
Minas Gerais, como em 96 e em 97, deve tentar acordo com grandes empresas privadas para receber antecipadamente a receita de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de janeiro e fevereiro próximos.
Santa Catarina ainda está pagando parte do 13º do ano passado e deve fechar o ano novamente em débito com os funcionários. O Estado busca, como alternativa, a venda de ações de empresas públicas.
Em Pernambuco, o atraso do pagamento do salário de setembro despertou no funcionalismo desconfiança sobre prováveis problemas de caixa para pagar o 13º. Se o salário não for pago em dia, o sindicato ameaça fazer greve.
Antecipando dificuldades no fim do ano, outros Estados fizeram provisões para evitar atraso no pagamento. É o caso do Paraná, que promete pagar em dia.
O governo do Ceará já pagou em julho 50% do 13º. O Rio Grande do Sul também começou a pagar parceladamente em julho. Já os servidores públicos estaduais da Bahia recebem a primeira parcela no mês que vem.
Em São Paulo, segundo o governo estadual, os funcionários recebem metade do valor do 13º no mês em que fazem aniversário. A outra parcela será quitada em 20 de dezembro.No Pará, 70% dos recursos para o pagamento já estão reservados



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