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Senador vai pedir que PF apure suposta espionagem
HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Marconi Perillo
(PSDB-GO) afirmou ontem, via
assessoria, que pedirá amanhã
à Polícia Federal uma investigação sobre esquema de espionagem, do qual teria sido alvo,
supostamente encomendado
pela Polícia do Senado.
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que a
Central Única Federal dos Detetives do Brasil, com escritório
em Brasília, foi acionada pela
Polícia do Senado para levantar
informações financeiras do senador, principalmente se ele
tem uma conta milionária em
bancos dos Estados Unidos.
Outro alvo da investigação
era uma eventual participação
societária oculta do senador
nas empresas Perdigão e Schincariol, instaladas em Goiás.
Perillo negou, via assessoria,
que tenha participação nas empresas e conta milionária. Ontem, a Polícia do Senado soltou
nota em que negou a espionagem contra o senador.
"O senador não tem conta
bancária fora de Goiânia. A única conta dele é no Banco do
Brasil. Ele não tem participação societária em nenhuma
empresa. As empresas [Perdigão e Schincariol] foram instaladas no governo dele [em
Goiás, de 1999 a 2006] e então
tem sempre conversa", informou a assessoria de Perillo.
"Tudo o que ele possui, rendimentos e bens, está declarado no imposto de renda. Nesta
segunda-feira em Brasília pedirá a apuração do caso ao Ministério da Justiça e à PF."
Por meio de sua assessoria, o
senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor de Senado, informou que abrirá amanhã nova investigação sobre a suposta espionagem contra Perillo.
Uma primeira investigação
foi aberta depois que a "Veja"
publicou, em setembro, que um
assessor do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), planejava espionar Perillo e Demóstenes Torres (DEM-GO). Perillo e
Torres são defensores da cassação de Renan. A tentativa de espioná-los levou à abertura de
mais um processo no Conselho
de Ética contra Renan.
A assessoria do presidente
interino do Senado, Tião Viana
(PT-AC), disse que, se a espionagem for verdade, o caso é grave e será investigado.
Ontem, por meio de nota, a
Polícia do Senado negou espionagem contra Perillo.
"Foi determinada a abertura
de investigação policial para
apurar a denúncia de que "alguém ligado à Polícia do Senado" teria procurado um escritório de detetives particulares para espionar um senador da República", diz a nota.
"A Polícia do Senado zela pela proteção das autoridades,
servidores e visitantes da mais
alta Casa Legislativa, de forma
a garantir o ambiente propício
ao desenvolvimento das competências constitucionais do
Senado, ajudando a fortalecer a
democracia no país."
Colaborou GRABRIELA GUERREIRO , da Folha
Online
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