São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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Senador vai pedir que PF apure suposta espionagem

HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) afirmou ontem, via assessoria, que pedirá amanhã à Polícia Federal uma investigação sobre esquema de espionagem, do qual teria sido alvo, supostamente encomendado pela Polícia do Senado.
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que a Central Única Federal dos Detetives do Brasil, com escritório em Brasília, foi acionada pela Polícia do Senado para levantar informações financeiras do senador, principalmente se ele tem uma conta milionária em bancos dos Estados Unidos.
Outro alvo da investigação era uma eventual participação societária oculta do senador nas empresas Perdigão e Schincariol, instaladas em Goiás. Perillo negou, via assessoria, que tenha participação nas empresas e conta milionária. Ontem, a Polícia do Senado soltou nota em que negou a espionagem contra o senador.
"O senador não tem conta bancária fora de Goiânia. A única conta dele é no Banco do Brasil. Ele não tem participação societária em nenhuma empresa. As empresas [Perdigão e Schincariol] foram instaladas no governo dele [em Goiás, de 1999 a 2006] e então tem sempre conversa", informou a assessoria de Perillo.
"Tudo o que ele possui, rendimentos e bens, está declarado no imposto de renda. Nesta segunda-feira em Brasília pedirá a apuração do caso ao Ministério da Justiça e à PF." Por meio de sua assessoria, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor de Senado, informou que abrirá amanhã nova investigação sobre a suposta espionagem contra Perillo.
Uma primeira investigação foi aberta depois que a "Veja" publicou, em setembro, que um assessor do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), planejava espionar Perillo e Demóstenes Torres (DEM-GO). Perillo e Torres são defensores da cassação de Renan. A tentativa de espioná-los levou à abertura de mais um processo no Conselho de Ética contra Renan.
A assessoria do presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse que, se a espionagem for verdade, o caso é grave e será investigado. Ontem, por meio de nota, a Polícia do Senado negou espionagem contra Perillo.
"Foi determinada a abertura de investigação policial para apurar a denúncia de que "alguém ligado à Polícia do Senado" teria procurado um escritório de detetives particulares para espionar um senador da República", diz a nota. "A Polícia do Senado zela pela proteção das autoridades, servidores e visitantes da mais alta Casa Legislativa, de forma a garantir o ambiente propício ao desenvolvimento das competências constitucionais do Senado, ajudando a fortalecer a democracia no país."


Colaborou GRABRIELA GUERREIRO , da Folha Online


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