São Paulo, sábado, 03 de fevereiro de 2007

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De olho em ministério, aliados dizem que PP traiu Chinaglia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mal foi divulgado o resultado da eleição para a presidência da Câmara, o plenário começou a travar outra disputa: a batalha ministerial. Petistas e peemedebistas, interessados em ocupar o Ministério das Cidades, comentavam reservadamente que o PP havia traído o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Ontem, pepistas dos dois lados diziam que não havia sido acertada a traição. O temor é que isso seja usado como munição para reduzir o espaço do PP na equipe do governo Lula.
Líder do partido na Câmara, Mário Negromonte (BA) negou que houvesse acordo com o Ciro Nogueira (PP-PI) para mudar os votos. "Dos nossos 42 deputados, 33 votaram com o Arlindo", disse Negromonte.
Para ele, a divulgação da suposta traição partiu de quem deseja tirar o ministro Márcio Fortes (Cidades) do governo.
PT e PMDB sonham com a pasta -a ex-prefeita Marta Suplicy é candidata ao posto. Lula, porém, resiste a entregar a pasta a um petista, principalmente depois da vitória de Chinaglia.
Negromonte afirmou que iria procurar Chinaglia para tentar esclarecer a situação.
À Folha Chinaglia disse que culpar o PP por traições é "loucura". "O Mário Negromonte estava do meu lado", afirmou.
Ciro Nogueira afirma ter conseguido "quinze votos" para o comunista. Negromonte, porém, diz que apenas nove votaram no candidato do PC do B.
Como o voto é secreto, não é possível cravar quem traiu.
Os rumores não ficaram restritos ao PP. A contagem dos traidores apontava que entre 25 e 30 peemedebistas não teriam fechado com Chinaglia. Seriam ligados ao grupo que segue a liderança dos senadores do PMDB, simpáticos a Aldo.
(VALDO CRUZ)

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