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Ministério diz que programa não tem influência de eleição
Nota afirma que programa registrou expressivo aumento de demanda, o que resultou na mudança do cronograma
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério de Minas e
Energia afirma que o cronograma do Luz para Todos segue
critérios técnicos, que não são
influenciados pelas eleições.
"O ritmo do programa independe do calendário eleitoral.
Seu cronograma é baseado em
questões técnicas, operacionais
e financeiras. A exemplo de
anos anteriores, o desempenho
em 2007 não foi linear. Em
2008, alguns Estados terão que
acelerar suas obras", disse nota
da assessoria da pasta.
A nota afirma que o programa registrou um expressivo aumento de demanda, o que resultou na mudança do cronograma inicial.
"Apesar do alto acréscimo às
demandas iniciais, todas as
pessoas que se cadastrarem serão atendidas.[...] Como já se
sabe que houve um acréscimo
enorme (mais de 50% da meta
inicial), somente depois disso
poderemos estabelecer prazos
fixos para a universalização",
diz o ministério.
O impacto eleitoral para o governo federal do programa é difícil de ser medido, segundo o
secretário nacional de Energia
Elétrica, Ronaldo Schuck.
"Só uma pesquisa poderia
aferir isso. O que se percebe é
obviamente uma grande satisfação das pessoas. Como elas
vão reagir na próxima eleição
varia de uma para outra. A certeza é que o Luz para Todos
muda completamente a vida
dos beneficiados. Isso eu posso
afirmar", diz Schuck.
No entendimento do governo, não há impedimento legal
para a inauguração de obras no
ano eleitoral. "É um programa
federal com participação de recurso federal não orçamentário, contrapartida estadual e
das concessionárias e que não
conta com recursos municipais", diz o ministério.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurelio
Mello, concorda com a avaliação. "O que a lei proíbe claramente é conceder o vínculo pecuniário direto no ano eleitoral.
O programa que já vem de antes é permitido, a menos que
haja algo extravagante, que teria de ser analisado caso a caso", diz o presidente do TSE.
A lei 11.300/06 impede que,
no ano eleitoral, o governo crie
ações sociais que impliquem
em transferência de recursos
para os municípios, mas não
veta a continuação de programas pré-existentes.
A única proibição é que candidatos nas eleições municipais
participem de inaugurações
três meses antes do pleito. Ou
seja, prefeitos candidatos à reeleição não poderão organizar
grandes eventos relacionadas
ao Luz para Todos a partir de
julho.
Para Schuck, as inaugurações
de obras não são tão relevantes.
"Inauguração é importante,
mas secundária. O importante
é as obras saírem. Quando é
possível, se faz eventos em nível local ou federal", declarou o
secretário nacional.
(FZ)
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