São Paulo, sábado, 03 de abril de 2004

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Campinas vai ganhar mais 12 cadeiras

PAULO REDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A resolução 1.442 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assinada ontem pelo ministro Sepúlveda Pertence, que preside o tribunal, confirmou o aumento do número de vereadores de Campinas de 21 para 33 a partir da próxima legislatura, que começa em 2005.
O TSE considerou como base de cálculo para o número de vereadores a estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2003, que, no caso de Campinas, aponta uma população de 1,006 milhão.
A cidade se enquadrará na faixa que vai de 1 milhão a 1,12 milhão de habitantes, podendo, assim, eleger em outubro 33 vereadores.
O presidente da Câmara Municipal, Carlos Signorelli (PT), afirmou que, até o início da noite de ontem, ainda não havia recebido informação oficial do TSE sobre a validade do uso da estimativa populacional de 2003 para o cálculo das cadeiras do Legislativo.
"Em todo caso, já aprovamos a legislação municipal que prevê o aumento de vereadores e providenciamos a disponibilização da estrutura necessária ao crescimento, inclusive com a compra de um novo prédio para a Câmara." Ele ressaltou, porém, que precisará fazer ajustes para que o aumento de vereadores não comprometa o orçamento da Casa, de R$ 46,2 milhões por ano.
Para equilibrar os gastos ao aumento, o órgão está fazendo uma reforma administrativa, com a qual pretende gastar mais R$ 3,9 milhões por ano com salários dos 12 gabinetes adicionais.
Hoje, cada um dos 21 vereadores, que recebem R$ 4.500, tem cinco assessores, com salários que variam de R$ 3.200 a R$ 5.600. O equilíbrio viria, segundo o presidente da Casa, do corte de gastos de outros setores do Legislativo. A dívida consolidada da Prefeitura de Campinas é de R$ 1,4 bilhão.
Com a decisão, a cidade passa a ser a terceira cidade do Estado de São Paulo a contar com uma bancada de vereadores igual ou superior a 33 vereadores. As outras duas são São Paulo e Guarulhos.
O presidente da Câmara disse acreditar que a resolução do TSE aumentará ainda mais a força política da cidade na região metropolitana de Campinas.


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