São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2005

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NOS BRAÇOS DO POVO

1º de Maio serviu ao populismo de Getúlio Vargas

DA REDAÇÃO

Ontem, em São Bernardo do Campo, um dia depois do 1º de Maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfilou em carro aberto na fábrica da Volkswagen ao lado do governador paulista Geraldo Alckmin.
A cena lembrou outra, ocorrida 61 anos antes -a despeito de diferenças entre os dois governantes. Nas comemorações do Dia do Trabalho de 1944, o então presidente Getúlio Vargas desfilou em um estádio do Pacaembu lotado, em São Paulo, onde saudou a multidão.
Expressão mais acabada do populismo e do paternalismo, Getúlio, o "pai dos pobres", atrelava as manifestações do Dia do Trabalho à figura de um Estado provedor.
A política populista conduzida por Getúlio tinha como objetivo cooptar as manifestações populares, trazendo-as para a órbita do governo. Ao ligar sua imagem à dos trabalhadores e ao transformar um dia de reivindicações em um evento "governista", Getúlio tentava desmontar iniciativas que se opunham ao regime oficial -ao Estado "pai". A vinculação dos sindicatos ao governo é exemplo dessa política.


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