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MÍDIA
Em comemoração de 5 anos do jornal "Valor", presidente lembrou do aumento de juros antes da última disputa municipal
Eleição não determina economia, diz Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva disse ontem, durante as
comemorações de cinco anos do
jornal "Valor Econômico", que a
política econômica do governo
não será ditada pelas eleições do
ano que vem. Ele lembrou que no
ano passado, 15 dias antes da eleição municipal, o governo aumentou os juros básicos da economia.
"Muitos no jornal "Valor" escreveram a favor da determinação do
governo de não permitir que a
eleição municipal ou a futura eleição presidencial determinasse a
gastança deste país, a política de
juros deste país", disse Lula.
"Vocês estão lembrados que a
15 dias da eleição para a Prefeitura
de São Paulo nós aumentamos os
juros", afirmou. "Coisa que não é
habitual fazer no Brasil. No Brasil
geralmente as pessoas esticam a
corda, esticam a corda até passar
as eleições. Passou as eleições, solta a corda e fique quem quiser
com o prejuízo", disse Lula.
"A experiência sempre rebenta
no mais fraco. Foi assim no Plano
Cruzado, com a necessidade da
desvalorização cambial", relembrou o presidente, em discurso no
prédio da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São paulo), onde se realizou a cerimônia.
O ato realizado em comemoração aos cinco anos do "Valor Econômico" reuniu cerca de 500 empresários e seis ministros -José
Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda), Dilma Roussef
(Minas e Energia), Marcio Thomaz Bastos (Justiça), Roberto Rodrigues (Agricultura), Eunício
Oliveira (Comunicações), além
do presidente do BNDES, Guido
Mantega.
Lula aproveitou o aniversário de
cinco anos do "Valor" para afirmar que "o país está mudando de
forma definitiva". Citou a data da
fundação do jornal, em 2000, para
fazer uma comparação da evolução de seu governo.
"Se vocês são daqueles que
guardam jornais antigos, é preciso fazer uma comparação do "Valor" de cinco anos atrás e o de hoje, não apenas para que a gente
possa medir a evolução da qualidade editorial, mas dos números
da economia brasileira", afirmou.
O ministro-chefe da Casa Civil,
José Dirceu, afirmou que "o governo tem sensibilidade para os
reclamos da sociedade" e disse
que "sem estabilidade social não
haverá estabilidade econômica no
país"".
O ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, disse que o Banco Central
"continua a atuar para coibir
eventuais riscos de pressão inflacionária", e avaliou que o país "reconquistou credibilidade externa
e interna".
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