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Acuado, PT já admite ceder vaga de vice na chapa de Marta ao PR
Antigo PL, no entanto, discute hoje a pauta de reivindicações que pretende apresentar a Gilberto Kassab para fechar aliança
Se decidir se coligar com o PT, o democrata avisa que o PR terá de deixar os cargos que seu grupo controla na Prefeitura de São Paulo
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O PR paulistano se reúne hoje para fechar a pauta de reivindicações que pretende apresentar ao prefeito Gilberto
Kassab na segunda-feira e selar
de vez com o democrata a aliança eleitoral visando a disputa
pela Prefeitura de São Paulo.
Na iminência de perder o antigo aliado, o PT avisou o presidente da Câmara Municipal,
Antonio Carlos Rodrigues,
principal líder do PR (antigo
PL) na capital, que está disposto a negociar a vice da chapa de
Marta Suplicy, faltando para isso alguns acertos a serem fechados neste final de semana.
"Agora os petistas estão atrás
da gente, mas falta muito pouco
para fecharmos com o prefeito
Kassab. Eles deviam ter pensado nisso quando procuraram o
PSB e o PDT", afirmou ontem o
vereador Toninho Paiva, líder
do PR na Câmara Municipal.
"Nós nunca descartamos a
hipótese de ter o PR como vice.
Pelo contrário", disse José
Américo Dias, vereador e presidente do PT paulistano.
No início desta semana, Rodrigues apresentou dois nomes
de seu partido ao comando petista: Aurélio Miguel, vereador,
e Marcos Cintra. Um deles seria o vice da ministra.
Mas o PT preferiu insistir na
coligação proporcional na chapa de vereadores para deixar a
vaga aberta na tentativa de
atrair outros partidos, em especial PSB e PDT.
Pressão
O PT também pediu ajuda ao
governo federal, já que o PR,
que terá em torno de um minuto e meio no horário eleitoral
da TV, é uma das siglas da coalização em torno do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e toma
parte no governo federal.
De sua parte, Kassab fez chegar ao PR que uma coligação
com os petistas implicaria o desembarque do partido de sua
base de sustentação na Câmara, o que, na prática, significa
que Rodrigues e seu grupo perderiam os cargos que controlam na máquina municipal.
A ligação entre o PR e o PT
em São Paulo vem dos tempos
da administração Marta (2000-2004), quando Rodrigues integrava a base de apoio à prefeita.
Em 2005, o PR, com o nome
de PL (Partido Liberal) esteve
no epicentro do mensalão (escândalo da transferência de recursos a parlamentares).
Se perder o PR, o PT insistirá
ainda mais no PSB de Luiza
Erundina e no PDT do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
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